O que você acha da minha ideia de indicar algum som que curto em cada postagem do Cotidiano Cego?

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Direito Ou Imposição?

Faaaaaaaaala galera!

Venho aqui levantar uma questão interessante. Pelo menos ao meu ver, é interessante.

Olha só. Já viram como vai ser o assunto né? O que se pode esperar de um assunto que é interessante de acordo com a visão de um cego. Kkkkkkkkkkkk.

Nesse fim de semana, nos momentos em que estive sóbrio, estive pensando sobre direitos atribuídos a nós, que acabam virando imposições.

Sim. Vocês estão me achando maluco agora. Direito que vira imposição? Como assim? Devagar eu explico.

O primeiro exemplo é a lei que nos dá direito a assentos reservados em transporte público, estendendo-se inclusive aos idosos.

Sabemos que realmente, dependendo das condições, as pessoas com alguma deficiência e alguns idosos, necessitam realmente de tal direito, por não conseguirem se manter de pé.

Como no Brasil é normal o não entendimento da aplicabilidade de leis, a galera não pode ver um cego que quer fazê-lo sentar. Kkkk. Lembram que Geraldo Magela já falou muito disso?

Se analisarmos pelo bom senso, a atitude correta seria não aceitar quando uma pessoa, ao entrarmos no coletivo, queira se levantar para  ceder o lugar. Mas, e a pessoa? Afinal ela fez isso querendo ajudar.

Justo não é, pois no nosso caso podemos estar na mesma situação da pessoa. Voltando do trabalho cansados, ou, sei lá. Por questões de justiça, o direito ao lugar é da pessoa, por ter sentado antes. Mas....

O que fazer nessa situação?

Já presenciei idosos sendo indelicados por causa disso, dizendo que o estavam diminuindo. Não vejo por aí... Aliás não vejo por lugar nenhum..... kkkkk.

Bom ser indelicado com certeza não é a solução.

Então, qual seria?

Algumas pessoas, mesmo quando você tenta delicadamente mostrar não haver necessidade, e pede para que ela ali continue, fazem questão.

Aí não tem jeito. Acabaríamos por fazer desfeita à pessoa.

Entramos num conflito entre o bom senso baseado em nosso ponto de vista e consciência da pessoa.

Aceitar o lugar acaba sendo o mais fácil. Não o ideal, mas.....

Alguém sugere outra atitude? Rs.

Nesse caso há apenas uma questão de bom senso e conflito de pensamentos. Porém, uma variante dessa situação pode causar constrangimento. Para mim causa.

Vou confessar uma coisa aqui....

Sou bem resolvido quanto à questão de ser cego, mas o que descreverei abaixo é algo com o qual não consigo lidar muito bem.

Entramos numa condução lotada, quando, independente de quem seja. Passageiro de metrô ou ônibus, cobrador ou motorista.... Putz...  Ainda bem que os condutores de trem e metrô estão impossibilitados de ter tal atitude. Rs. Em fim.... Vamos lá.

É quando eu entro numa condução lotada e alguém diz:

“Arruma um lugar pra ele”.

Aí independe de termo utilizado, ou o que seja.

Tá. A pessoa fez com a melhor das intenções. Só quis ajudar... Mas, e eu?

Sim. Fico constrangido... Me sinto mal e só consigo começar a me recuperar quando saio daquele ambiente, leia-se condução.

Beleza. Se algum de vocês que está lendo isso achar frescura, é um direito que lhes assiste. Mas, me sinto mal e é fato.

E imagina quando isso acontece logo no início do dia, quando estou indo para o trabalho.

Não consegui ainda uma forma de lidar com isso.

Nem sei definir exatamente a sensação. Não. Talvez uma mistura de constrangimento com ofensa, ou, sei lá.

Aliás eu sei lá quantas vezes já escrevi sei lá nessa postagem. Kkkkkkkk.

Outro direito que as vezes vira imposição:

Gratuidade no transporte público.

Lá no Rio, algumas linhas de transporte são formadas apenas por micro ônibus. Porra micro ônibus tem hífen ou não? Sei lá.... em fim.... Colocaram esses ônibus pequenos lá. Kkkk.

Tais ônibus não tem banco na frente.

No período de implantação, , quem tinha o bilhete especial, o que na ocasião não era meu caso, passava no validador.

As vezes, precisava usar uma específica linha dessas. Isso já faz tempo. Era na época que dava aula particular de Informática para o cara que hoje, é meu amigo cego velho e gordo. Kkkkkk.

Como eu faria nessa situação? Óbvio!

Pagar a passagem.

Primeira experiência.

Entro no ônibus com o dinheiro na mão para pagar e o motorista reclama.

Segundo ele, seria complicado eu ir de graça porque não teria banco na frente e também, eu não poderia pagar porque tenho direito de ir gratuitamente. Kkkkkk. Gente.... Eu juro. Kkkkkk.

Aquilo começou a me irritar. Primeiro que com aquele gordo parado na porta, vulgo eu, ninguém mais entraria.

Segundo, porque tinha bancos vazios na condução.
Já estava no horário e não poderia mais perder tempo. Aí então tive uma ideia:

Jogar o dinheiro no colo dele e pular a catraca... Pronto. Nem eu, nem ele. Kkkkkkk.

Será que consegui o meio termo? Kkkkkkkk.

É. Hoje eu teria muito mais dificuldade em pular a catraca. Mas naquela época, com uns KG a menos, foi possível.

O que me fez acelerar e tentar buscar o mais rápido possível o tal bilhete pastel de feira.... Ou melhor.... bilhete especial.....kkkkk. foi uma situação constrangedora no mesmo sentido.

Entro com o dinheiro na mão e, quando vou pagar a passagem alguém fala: Já tá paga. Não precisa. E a catraca já liberada, sem que eu conseguisse argumentar.

Só pude abaixar a cabeça e fiquei assim durante toda a viagem.

Estava indo prestar um serviço. Não precisava daquilo. Mas.

Certamente, quem entrou no ônibus posteriormente, ao me ver cabisbaixo, deve ter associado aquilo ao fato de ser cego.

Afinal, as pessoas cegas tem apenas 3 possibilidades na opinião da sociedade.

Se reclama de algo,  é revoltado.

Se faz algo absolutamente normal como qualquer pessoa, é superdotado.

Se não está legal por algum motivo, é coitado.

E provavelmente naquela viagem eu fui o coitado. Primeiro porque o cara pagou minha passagem. Segundo pela situação em que eu fiquei depois do episódio, em fim.... rsrss.

Acabei por pegar o bilhete para não passar por esse constrangimento. Na época era bem mais novo. Não sei se hoje faria isso.

Agora que grande parte das situações onde pagava a passagem naquele ônibus causava polêmica, causava.

O motorista dizendo que eu não podia porque eu tinha direito mesmo não tendo banco na frente, os passageiros achando absurdo e questionando como permitiram que eu fizesse isso...... sempre tinha um barraco. Kkkk.

Agora uma outra situação que chega a ser engraçada.

Uma das linhas que faz Bangu centro da cidade é considerada linha pastel de feira.... Ou melhor: linha especial. Kkkkkk.

Os ônibus tem ar condicionado, são mais confortáveis e pelo tipo de linha, a empresa não é obrigadas a fornecer gratuidade se não tiver pelo menos uma determinada quantidade na frota.

Quando fazia algum bico pelo centro da cidade, já calculava também o valor da passagem em tal ônibus.

Afinal, imaginem só. Verão, sol forte no Rio, etc.

Seria normal uma pessoa querer pagar uma passagem em tal ônibus, que no Rio a gente chamava de frescão, para ter uma viagem mais confortável.

Lógico. Repassava o valor de transporte ao cliente. Rs.

Na época a passagem não era lá tão cara. Era tipo 1 real a mais ou no máximo 2, da passagem comum.
Nas primeiras vezes que viajei em tal ônibus, acho que parecia um ET. Kkkkkkk.

Ou, quando eu entrava o motorista, antes de dizer qualquer bom dia ou boa tarde, já falava: “Amigo.... Esse não tem gratuidade.”.

Tudo bem. Eu já sabia, mas não ia ser indelicado.

Até que quando o ônibus ia encostar e me sinalizavam, comecei a já deixar o dinheiro separado, tirar do bolso no momento e entrar com ele na mão.

Ou acontecia outra coisa:

Algum cidadão, quando o motorista abria a porta e eu tentava fazer o óbvio, ou seja, entrar, me puxava e dizia! Não! Nesse você paga! Kkkk. Aiaiiiiiiiii que [oóóódio!

To ali esperando o ônibus, peço para que alguém sinalize, rezo para ele chegar logo e para não pegar muito trânsito e assim não me atrasar e, quando finalmente o ônibus chega, algum cidadão não quer me deixar entrar. Kkkkkkkkk.

Era um pensamento no mínimo estranho.

Eu tinha direito a ir de graça no ônibus convencional, mas não tinha direito de pagar para viajar no frescão. Kkkkk. Não consigo ver lógica nisso.

Aliás, segredo. Eu não consigo ver é nada em lugar nenhum. Kkkk.

Já com relação ao tal passe interestadual, pelo menos na hora que você vai comprar passagem a pessoa só pergunta se é passe e se disser que não, sem questionamentos.

Aliás passe interestadual... Nada contra quem utiliza.

Eu não tenho e não utilizo.

Acho o seguinte:

Se tenho condições de viajar, pago a passagem e vou.

Se não tenho, não vou. Afinal, não é assim com todo mundo?

Repito: Respeito quem pensa diferente.

Já utilizei sim, quando era mais novo e não tinha o entendimento o qual me fez formar a opinião que tenho hoje.

E outra: nem me enquadro mais no grupo de pessoas que teriam direito ao “benefício”. Se você é cego e configurou seu leitor de telas para não ler pontuação, coloquei benefício entre aspas.

Por falar nisso, já que querem oferecer tal gratuidade, deveriam fiscalizar melhor. Tem muita gente aí com o passe, mesmo sem obedecer aos critérios necessários.

O nível de comprovação exigida é o mínimo. Tem bastante gente burlando isso. Gente que além de não obedecer aos critérios, teoricamente não precisaria.

Do jeito que estava até pouco tempo, qualquer pessoa com paciência em ler o regulamento preenchia o formulário com as informações suficientes para ser aprovado e, não tinha nenhuma comprovação exigida.

Espero que tenha mudado.

Então.... se a renda familiar precisa ser, por exemplo, inferior ou igual a 1 salário mínimo por pessoa, deveriam exigir comprovação da mesma.

O número de pessoas que vivem na casa, critério mais utilizado pelas pessoas que tentam burlar, deveria ser constatada no ato do pedido e, na pior das hipóteses, cruzar as informações prestadas com as do censo.

Bom. Existe um ditado que diz: “nada se cria. Tudo se copia.”

Aqui no Brasil alteraram só um pouquinho. É o jeitinho brasileiro. O ditado fica:

“Tudo que se cria, não se fiscaliza”.

Aí as pessoas se utilizam do jeitinho brasileiro.

Não estou aqui criticando apenas quem burla o direito do passe livre, nem as pessoas com deficiência apenas, pois o ato de querer tirar proveito e levar vantagem é inerente ao povo brasileiro.

Depois, querem reclamar dos políticos, se esquecendo de onde os mesmos vieram. Rs.

Agora com licença que vou ali vestir minha armadura.

Não sei porque, mas tenho o pressentimento que, depois dessa postagem, lá vem porrada. Kkkkkkkkk.



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Voar. Sinônimo de liberdade, mas nem sempre de acessibilidade.



Faaaaaaaaaaala galera!

Hoje, é bem mais comum pessoas viajarem de avião.

As vezes, conseguimos passagens que tornam a viagem até mesmo mais barata do que se formos de ônibus.

Existem empresas como a Decolar, que quando você escolhe um trajeto, buscam as melhores tarifas para você.

É possível, se viajar com antecedência, encontrar descontos bem legais.

Logicamente, esta facilidade tem um custo. A decolar assim como outras empresas do gênero, cobram pelo serviço.

Mas, existe uma alternativa.

Qualquer pessoa pode pesquisar diretamente nos sites das companhias aéreas e montar seu itinerário como queira, certo?

Errado......

Para um cego essa tarefa se torna praticamente impossível.

Algumas empresas são impecáveis no auxílio para embarque e desembarque, assim como em qualquer auxílio dentro dos aeroportos. Destaco nesse sentido a Avianca, a Tam e a Azul Linhas Aéreas. No entanto, o grande desafio é chegar até esse segundo passo.

Sim... Porque é óbvio que para conseguir ser atendido e auxiliado no aeroporto eu preciso primeiro comprar a passagem, né?

O complicador está aí.

Além de pesquisar a tarifa mais barata, precisamos pesquisar em qual empresa conseguiremos comprar. Eita tarefa difícil!

Tudo começa com o aniversário do meu tio. Será na sexta, dia 8.

Ele ficou na dúvida se faria uma festa à fantasia no dia, ou uma semana antes, já que pretendia viajar.

Decidiu pela segunda opção e só me avisaram há poucos dias. Kkkkkkkkkkkkkk.

Vou eu que nem louco atrás de passagem.

Começamos pelas principais.

Avianca. Adoro viajar por essa empresa e até tenho o cartão do programa amigo. Quando o preço compensa, opto por ela.

Gostaria que essa amizade fosse recíproca na hora de comprar a passagem. Kkkkkkkkk.

A acessibilidade no site deles é digamos, terrível.
 A trancos e barrancos, consegui selecionar o voo promocional pra ir.

E a passagem de volta? Não achei... E agora.

Ah... deixa eu garantir a ida, depois eu vejo a volta... Nem que seja de busão. Rs.

Fui lá, escolhi o voo, fiz a reserva, numa dificuldade só devido aos problemas do site.

Depois de preencher tudo isso, não consegui pagar. Kkkkkkkkkkk.

Sério. Primeiro ele abriu uma tela para que eu escolhesse a bandeira do meu cartão de crédito.

Fui na sorte porque só estavam desenhadas as bandeiras, sem a descrição do que você está clicando. É. Uma imagem vale mais que mil palavras. Qualquer um vê a bandeira do cartão ali e clica. Simples, né? Não... kkkk.

Pra piorar a situação.

Em outros sites, quando você clica na loteria como é o meu caso ou clica na bandeira errada, ao digitar o número do cartão ele te alerta que é inválido.

Ali não. Rs.

Bom. Tem alguns sites de compras que tem a bandeira, e no caso de Master Card, por exemplo, colocam ao menos o nome MC associado ao botão com a bandeira para que se saiba onde clica. Será que custa? Que não fosse MC. Que fosse só máster, ou sei lá... Mas que tivesse a porra do nome que inclusive atende às normas de programação.

Todo programador e desenvolvedor aprende que se deve colocar tags nos elementos de uma página ou  objetos de um programa. Se aprendem que tem de fazer, porque não fazem? Bom...

Depois de eu passar lá os dados no escuro, sem saber se tinha clicado na bandeira certa, me abre uma outra tela da Redecard para efetuar o pagamento.

Insiro os dados e a tela se fecha.

Vou lá no meu status de reserva, já que sou cadastrado no site e leio o seguinte:

Aguardando aprovação do pagamento.

Fiquei esperando.

Afinal recebo SMS toda vez que uma compra no meu cartão é efetuada.

No período da tarde, entro no site de novo para ver o que aconteceu e, minha reserva simplesmente sumiu. Gente........ Não fui só eu que não vi... Ela sumiu mesmo! Kkkkkkkkk.

Logo pensei. Putz. Eu devo ter clicado no Visa em vez de Master. Vou lá fazer todo o processo de novo e na hora de clicar, em vez da primeira bandeira vou clicar na segunda. Aliás, deduzo que eram as bandeiras dos cartões. Meu leitor de telas só identificava que eram imagens para serem clicadas. Como se tratava de um campo para selecionar cartões, deduzi.

Entrei no site para executar o planejado. Quando faço isso, cadê a passagem?

Sério. Não tinha mais passagem no horário que eu queria e muito menos uma outra num preço que eu pudesse pagar. Kkkkkkk.

Aí continuamos a saga...

Vamos para a Tam.

No site da Tam, não consegui sequer selecionar origem, destino e data que queria viajar. Desisti e digo que muito provavelmente não comprarei passagem lá tão cedo.

Na Gol, a história se repete. E antes era tão acessível!

Me resta a Azul.

No site da Azul, uma das coisas mais acessíveis é o informe dizendo que nas compras pelo site, há isenção da taxa de emissão, sendo a mesma cobrada nas compras pelo call center e nos balcões.

A questão não é o pagamento de tal valor.

Todos sabem aqui o meu posicionamento com relação a alguns supostos benefícios, vantagens etc.

O maior problema é sermos de certa forma, obrigados a pagar tal taxa, enquanto todo mundo tem chance de não fazê-lo. Uma coisa é pagar o valor pago por todos. Outra, completamente diferente, é pagar por algo que as pessoas não pagam e eu não posso usufruir disso por falta de acessibilidade. Rs.

E é exatamente assim.

O site da Azul Linhas Aéreas tem uma mistura de inacessibilidade com instabilidade.

Hora não aparecia o campo para escolher origem e destino.

Depois de muito tempo, consegui escolher a origem.

Mesmo tendo clicado várias vezes no destino, me era exibida a mensagem: “Você precisa escolher um destino!” Porra. Já escolhi! Vou para o Rio! Ou pelo menos, pretendo.

Depois de tentar durante horas, finalmente consegui escolher os voos  de ida e volta. Falta só preencher um cadastro.

Sim. Eu acho que fiz cadastro lá há muito tempo mas não lembro usuário e senha. Nem tenho certeza que eu fiz.

Quando terminei de preencher, não consegui clicar no botão pra continuar.

Desisti e pensei na possibilidade de pedir a um amigo no trabalho pra fazer. Só que ele também não conseguiu clicar, mesmo enxergando. Kkkkkkk O botão não funcionava.

Em fim: Depois de muita luta a passagem está comprada.

Só espero que na próxima eu consiga comprar alguma passagem nas mesmas condições de todos. Acessando o site, escolhendo e comprando.

Até pouco tempo atrás eu fazia isso. Era tão bom!


Ah. Os sites de empresas de ônibus também não são muito diferentes.

A 1001 se salva nesse quesito. É uma das únicas.

É. Em último caso teria que recorrer a ela... Só que, lembrando o sufoco que passei quando tive que viajar de madrugada.... Sim.... Se eu for pela rodoviária do centro, que é a Novo Rio, tenho muita opção, mas depois o sufoco pra chegar em Bangu...... Ainda mais de madrugada...........

Aí eu teria que viajar no sábado de manhã, encarando as 6 horas de viagem e mais as duas pra chegar em Bangu....... kkkkk.

Aliás aquele 393 é um ônibus que não me dá nenhuma saudade. Kkkkkkk.

Mas para ir à rodoviária de Campo Grande, que está na zona oeste do Rio, só de madrugada ou então no sábado, uma da tarde já. Kkkkkkkkk.

Então. Lembrando da última experiência que tive viajando de madrugada, tentei evitar. Kkkk. Ela tá aqui no blog inclusive.

E por falar em madrugada, ontem não consegui dormir direito fazendo toda essa saga até as duas da manhã. Kkk.

Mas em fim, tudo resolvido.

Estarei eu sábado, se tudo correr bem, no busão gratuito da Azul que vai ao Aeroporto e, no domingo, serei trazido ao meu bairro pelo mesmo busão e, lógico, não deixando de encher a cara em comemoração ao aniversário do meu tio. Kkkkk.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Stand Up Comedy



Faaaaaaaaaaaaala galera!

Estou hoje aqui para finalmente criar aquela postagem sobre Stand Up que eu prometi.

E já que estamos falando de comédia, já vou começar contando uma coisa muito engraçada.

Acabo de ir na seção de comentários e ler um, onde a pessoa reclama que eu reclamo demais. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Kkkkkkkkkkkkkkk.

Ai Ai.... Eu reclamo demais e a pessoa reclama disso. Kkkkkkkk. Kkkkkk.

Gente.... O blog é livre. Todos podem concordar ou não comigo e dar opiniões fundamentadas. Agora perder tempo pra reclamar que eu reclamo é, no mínimo, cômico. Kkkkkk.

Falar em comentários, vou dar um toque pra vocês antes de entrar no assunto propriamente dito.

Nunca removo comentários, desde que não tenham ofensas pessoais, principalmente aos leitores do blog.

No entanto, alguns comentários tem ido para a lista de Spam.

Não sei ainda qual é a razão. O amigo Alexandre, por exemplo é um desses casos. Todos os comentários dele demoram para aparecer porque vão direto para o spam e com isso, dependem que eu vá liberá-los.

Portanto, se você postar um comentário e ele não aparecer de cara, não é porque eu removi e sim, porque ele foi considerado pelo Blogger como spam e tem dias que eu esqueço de verificar essa lista. Kkkkkk.

Bom. Deixa eu falar de Standup agora.

Desde a década de 80, assistia à filmes na TV e comédia nunca foi o gênero que mais me atraiu.

Isso porque, normalmente as comédias americanas sempre foram voltadas para o visual. Até mesmo as séries seguem esse padrão. Nesses casos, realmente ficamos de fora, pois muitas vezes, nem mesmo uma descrição consegue transmitir a uma cena o mesmo humor captado por quem a visualiza.

Hoje, a coisa melhorou um pouco.

Algum dos cegos leitores do blog já assistiu Se Beber Não Case 1 e 2?

Se ainda não o fizeram, recomendo.

É uma comédia bem inclusiva. Acessível para quem vê e para quem não vê. Tanto o 1 quanto o 2.

Já no brasil, por incrível que pareça, o padrão de comédia é bem mais acessível.

Todas as cenas de comédia em filmes são bem engraçadas, os shows de Standup Comedy atuais e até mesmo as séries de tV são bem engraçadas.

Pergunto de novo aos cegos leitores... Ou seria aos leitores cegos? Sei lá. Kkkkk.

Alguém já sentiu falta da visão para dar  risada de Sai DE Baixo?

Creio que não.

Posso também citar filmes como:

O Casamento De Romeu E Julieta; A Taça do Mundo É Nossa.

Em fim.

O mais legal  é perceber que os humoristas de Stand Up ainda seguem o padrão.

Não sei se, por cultura, ou pelo fato do humorista ceguinho, Geraldo Magela.

É... Se ele ler isso, vai dizer: Ceguinho é a mãe! Kkkkkkk. Aliás é o nome do show dele.

Para quem não o segue no twitter ainda, vale à pena. Sigam o @oceguinho.

Agora tem que seguir o @andrecarioca200, senão é 50 anos de azar. Kkkkkkk.

Não estou ameaçando nem rogando praga em ninguém. Quero ficar cego se estiver fazendo isso. Kkkkk.

Apenas estou, digamos alertando. Rs.

Posso citar Marcos Veras, com o seu show “Falando a Veras”, que assisti no Netflix. Rs.

Quando estiver de férias no Rio, se tiver show dele em algum lugar, eu vou. Podem ter certeza disso.

Rafinha Bastos, o grande fã de Wanessa Camargo, ..................... Putz..... essa foi de lascar......... kkkkkkkk.
Sim. Ele também tem um show muito legal que é o Rafinha Apresenta e pretendo ir no próximo.

Não sei se vou acompanhado ou não. O único detalhe é que eu não tenho mulher e criança........... Bom..... Deixa eu ficar quieto antes que tome um processo..... Já falei demais. Kkkkkk.

Temos também, o Geraldo Magela.

Gente... eu tenho que confessar. Eu nunca vi o Geraldo Magela..... Por que será? Kkkkkkk. Também nem faço questão de ver. Kkk.

E para terminar essa postagem, quero parabenizar, não só os humoristas citados como os demais, por sempre seguirem o padrão, tornando os shows de comédia sempre acessíveis à todos.

Parabéns galera. Continuem assim.

E por aqui, continuaremos dando risadas.

É isso aí galera.

Bom fim de semana caso eu não publique mais nenhuma postagem.

Hoje é quinta com cara de sexta por aqui. Amanhã, feriado, muito provavelmente estarei focado nos exercícios físicos. Exato. Hoje à noite começo uma seção forte de treinos. Sabem né? Procuro sempre me manter em forma e, sou bastante dedicado na prática de halterocopismo. Kkkkkk.

No ritmo do exercício....

Mão direita, mão esquerda, mão direita, mão esquerda.

Garrafa na direita, copo na esquerda, garrafa na direita, copo na esquerda.

Levanta garrafa, levanta o copo, levanta a garrafa, levanto copo Vira a garrafa dentro do copo controla pra n derramar.
Garrafa na mesa, copo na mesa. Garrafa na mesa, copo na mesa. 1 2  3 4. No ritmo! 1, 2, 3, 4. Kkkkkkkk. Aprenderam bem o exercício? Kkkkkk.

É isso aí.

E semana que vem, voltaremos à saga academia.

Até o próximo post.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ao contrário Da Club 109, Algumas academias Agem Sem Discriminação, Promovendo Assim A Inclusão.



Faaaaaaaaala galera!

Havia prometido para hoje uma postagem sobre acessibilidade em shows de Stand Up. No entanto, recebi uma notícia que vale a pena ser publicada na frente.

Mas podem deixar. O post sobre Stand Up vai sair. Afinal, eu sempre cumpro o que prometo. Exemplo disso: Prometi que ia parar de beber domingo e parei.... Na quinta eu começo de novo, mas no domingo eu parei, como tinha prometido. Kkkkkkkkk. Volto na quinta porque é véspera de feriado aqui em São Paulo.

Chega de enrolação e vamos à notícia que me fez alterar todo o planejamento do blog.

Ontem, um amigo cego lá do Rio me ligou, dizendo ter acabado de voltar de uma academia de ginástica e efetuado sua matrícula.

Conversou com a coordenadora e ela disse não ter nenhum problema. Apenas solicitou que, se possível, ele fosse nos horários de menor movimento para que pudesse receber maior atenção.

E por que não publiquei isso ontem?

Porque preferi esperar que meu amigo cego velho e gordo me relatasse como foi o primeiro dia e constatar se a referida academia era realmente merecedora dos elogios que farei agora. Cego, velho e gordo.

Cara. Tu pode até me xingar quando ler isso, mas uma das coisas que sempre prometi no meu blog é não mentir. Kkkkkkkkk.

Ele me ligou agora há pouco e disse que foi super legal.

Um professor orientou como deveriam ser feitos os exercícios, ensinou os comandos da esteira e o uso dos aparelhos e assim foi.

Fez a série dele tranquilamente.

Lógico. Quando terminava os exercícios precisou de uma ajuda que é normal no caso de qualquer cego. Precisa ser conduzido de um aparelho para o outro, até porque não conhece o ambiente e teve esta ajuda normalmente.

Gente. Isso é motivo para bater palmas e mais palmas.

Uma academia pequena, de um bairro afastado do Rio De Janeiro, dando exemplo de como se faz inclusão e tendo a mente aberta ao ponto de reconhecer que a pessoa cega é como qualquer outra, tendo como única diferença, não enxergar.

Enquanto academias de porte como a Club 109 aqui em São Paulo tem a atitude restritiva e discriminatória  aplicada a mim e, quem sabe, também a outras pessoas com alguma deficiência, uma academia pequena, lá do bairro campo Grande, na zona oeste do Rio, vem dar exemplo de inclusão.

Enquanto escrevo essa postagem, sou tomado por grande felicidade e emoção.

Felicidade, por saber que nossa luta não é em vão, pois há pessoas que nos encaram com respeito e da forma que tanto buscamos. Como cidadãos normais.

Emoção, pelo fato de tal episódio se dar exatamente no meu berço.

Sou de Bangu, que assim como Campo Grande, faz parte da zona oeste do Rio, onde todos os bairros são vizinhos e irmãos.

É muito gratificante saber que a região do Rio onde nasci e fui criado tem mente e braços abertos.

Parabéns, Academia Bio Fitness, de Campo Grande, Rio De Janeiro.

Que outras academias, independente do porte, sigam seu exemplo. Não só as da zona Oeste do Rio, como as de todo o país!

Valeu mesmo!

Termino aqui essa postagem e, caso meu amigo cego velho e gordo queira contar mais sobre a experiência nos comentários, pode ficar à vontade.

Acho que tão importante como mostrar os erros causados por preconceito, discriminação ou desinformação e, problemas de acessibilidade no geral, é mostrar os acertos, as atitudes inclusivas, que nos incentivam continuar nessa luta de cada dia, que as vezes desanima por parecer que nunca terá fim.

Salve Academia Bio Fitness! Salve campo Grande! Salve zona oeste! Salve Rio De Janeiro! E salve o Brasil de todo o preconceito, discriminação e desinformação.