O que você acha da minha ideia de indicar algum som que curto em cada postagem do Cotidiano Cego?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO SÃO VIAS DE MÃO DUPLA

Faaaaaaaaala galera!

 

Mais uma vez, vou postar aqui um texto do blog Outros Olhares, que por sinal é muito bom.

 

Segue o link para a postagem original e, recomendo a leitura também dos demais textos que lá se encontram.

 

http://outrosolhares.blog.terra.com.br/2013/10/21/que-pisada-na-bola-mara-gabrilli/

 

Que pisada na bola, Mara Gabrilli!

Postado por lucia maria em outubro de 2013

No último dia 17 aconteceu o lançamento do livro Depois Daquele Dia, da deputada federal pelo PSDB Mara Gabrilli, na livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. Evento com o merecidíssimo e devido prestígio à conhecida, respeitada e influente defensora dos direitos das pessoas com  deficiência, ela mesma tetraplégica, não fosse por uma lamentável falha: a versão acessível para pessoas com deficiência visual não passava de um improviso, um audiolivro gravado às pressas por uma instituição paulistana e, pior, distribuído gratuita e indiscriminadamente aos cegos presentes, quer comprassem ou não o livro impresso! 

Antes que o leitor incauto, principalmente o leigo, considere a crítica um exagero - afinal, houve a preocupação de fornecer uma versão acessível e ainda por cima de graça - e misture alhos e bugalhos, vamos esclarecer novamente que acessibilidade nada tem a ver com gratuidade e muito menos com caridade; acessibilidade, neste caso, seria se o cego tivesse a versão acessível à sua disposição para compra e no mesmíssimo dia em que quem enxerga pôde pegar seu livrinho,  pagar por ele e levá-lo para casa.

A coisa toda é um pouco pior porque, com alguma antecedência, assessores da Mara telefonaram para Naziberto Lopes, o maior representante da luta pelo livro acessível no país, para obterem informações sobre as opções e características dos formatos existentes. Mas o telefonema também serviu para comunicar que já não haveria tempo de produzir o formato acessível ideal para o dia do lançamento, daí, então, a ideia do audiolivro com a promessa de que uma  versão digital acessível estaria disponível para venda em trinta dias. 

Enquanto aguardam, alguns integrantes experts em informática do Movimento Cidade para Todos, grupo de militantes cegos de todo o país, mobilizados em prol de ações concretas e efetivas pela acessibilidade, estão testando vários aplicativos para leitura de livros digitais em seus desktops, notebooks, ipads e celulares e a grande maioria já encontrou dificuldades em baixar o livro da Mara já na primeira etapa, a do cadastro no site da livraria Cultura, que não é acessível. Sobre as discussões em torno dos aplicativos e sua utilização por quem é cego, outro integrante do Movimento comenta: "Eu nem tenho ideia do que é isso tudo que vocês estão falando!",  traduzindo e resumindo o que já é sabido: os formatos digitais acessíveis mais simples, mais rápidos e que atingem o maior número de pessoas cegas no país, neste momento, são mesmo o pdf, o txt e o doc, já prontos e de facílimo acesso.

E,  já que o assunto é esse, cumprimentos ao professor da USP José Leon Crochík, autor do recém-lançado livro Inclusão e Discriminação na Educação Escolar, e à Editora Alínea, de Campinas, interior de São Paulo, que atenderam prontamente à solicitação de venda do livro digital acessível a uma pessoa cega, vendendo, então, o livro impresso para efeito de emissão de nota fiscal e fornecendo junto o pdf. Mais uma editora inclusiva somando-se a outras em um número ainda pequeno, mas crescente em todo o país.

E o audiolivro? Embora útil para o cego que não domina informática ou não tem acesso a um computador, a principal crítica é de que não tem acessibilidade total, já que não há o recurso de soletração de palavras, o que compromete e muito a escrita das pessoas cegas, e obviamente também não permite a impressão braille. Mesmo assim, foi com o lançamento de audiolivros mais dois grandes exemplos de posturas e atitudes inclusivas que  não podem ser outra coisa senão inegociáveis, principalmente para autores que possuem alguma deficiência ou atuam no meio.

O primeiro é o da promotora Thays Martinez, cega, que na época do lançamento de seu livro Minha Vida com Bóris, foi informada de que não haveria tempo de lançá-lo juntamente com o audiolivro, na mesma livraria Cultura. A argumentação precisa e indignada sobre inclusão e a enorme contradição que seria não haver disponível o formato acessível no lançamento resolveram o problema e no dia lá estavam as torres com os audiolivros à venda. E Thays, certamente, teria adiado a data do evento se preciso fosse para que houvessem os lançamentos simultâneos.

O segundo, o da professora Lívia Motta, referência em audiodescrição no Brasil, e Paulo Romeu Filho,  principal articulador do movimento pelo recurso no país, organizadores do primeiro livro brasileiro sobre AD, Transformando Imagens em Palavras; sem hesitar, bateram o pé e condicionaram a publicação do livro ao lançamento do audiolivro em CD encartado, além da disponibilização nos formatos pdf e doc - e já preparados para pegar seus bonezinhos e irem atrás de outra editora diante de um não. Deu certo, mas poderia não ter dado. O que seria, de longe, bem melhor do que prestar mais um entre tantos desserviços às pessoas cegas. 

 

Bom. Seguem agora meus comentários:

 

Por um lado, é inadmissível que uma lutadora pelos direitos da pessoa com deficiência não conheça as necessidades de todas as deficiências. Ao meu ver, isso deveria ser essencial para quem o faz e, principalmente, para quem ocupa cargos nesse sentido e levanta tal bandeira politicamente.

 

Por outro lado, acessibilidade é uma via de mão dupla.

 

Cabe aos cegos fazerem testes, como descrito no artigo da Lúcia, para tentar algum acesso aos formatos digitais mais novos.

 

Como técnico em Informática, sei que existem leitores de livros em formato Daisy totalmente acessíveis.

 

Logicamente que é necessário se criar um livro nesse formato que seja acessível.

 

Temos também, para o formato Epub, o Stanza, que permite não só ler, como converter os arquivos para o formato que mais lhe agrada.

 

Vejo como um grande problema entre os cegos, o não querer acompanhar as evoluções e tentar forçar apenas uma readequação dos outros à sua condição, enquanto os mesmos se acomodam numa suposta zona de conforto.

 

Exigir que os livros sejam distribuídos de forma acessível no formato em que foram publicados, é, sem dúvida, lutar por um direito.

 

Agora exigir que um livro seja convertido para Doc ou PDF apenas por causa do cego, é, além de comodismo, adotar a mesma postura a qual tanto criticamos, que é agir como coitados esperando que a sociedade nos encare de outra forma.

 

Se uma pessoa do movimento diz não ter ideia do que se está falando quando o assunto é leitores de livros digitais, está na hora então de pesquisar, descobrir e aprender, pois formatos como os citados acima são hoje, os utilizados pelo mercado no comércio de livros digitais e, se não quisermos ser excluídos da leitura, teremos de aprender a utilizar.

 

Vale lembrar também que tais formatos vieram justamente para facilitar nossa inclusão.

 

Então, vamos andar para frente, por favor. Até porque, usar a bengala batendo pelas costas não é nada prático. Rs.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

EDUCAÇÃO INCLUSIVA? ONDE?

Faaaaaaaaala Galera!

 

A postagem de hoje vem divulgar um texto da minha amiga Luciane Maria Molina Barbosa.

 

Olha... Eu copiei a postagem dela no facebook, o texto não veio muito arrumado porque meu navegador bagunçou.

 

Eu tentei arrumar, mas alguma coisa pode ter passado batido. Afinal, eu não vi. Kkkkkk.

 

Mas antes do texto dela, quero informar sobre o programa Zoeira Total.

 

Como sábado o software de automação de rádio e a placa de som virtual não me zoaram, o programa rolou numa boa. Rs.

 

Segue o link para quem não pôde ouvir no sábado.

 

https://soundcloud.com/andr-lu-s-de-assis/zoeira-total-01programa-zoeira

 

Feedbacks sobre o que acharam e sugestões são sempre bem vindas.

 

Já chegou uma aqui para mudar o horário da transmissão/gravação do programa, para quinta à noite.

 

Vou analisar com carinho.

 

O que acham? Rs.

 

Agora sim, segue o texto da Braillu.

 

 

 

LEIAM ATÉ O FIM. MEU DESABAFO SOBRE UMA SITUAÇÃO DE "EXCLUSÃO" QUE VIVI HOJE DURANTE O PROCESSO SELETIVO DE PROFESSORES DO ESTADO DE SP.

 Enquanto o Brasil se esforça pra "pregar" ideologias "baratas" de inclusão das pessoas com deficiência em todos os espaços, nós, com deficiência visual, ainda hoje continuamos a viver num "estado" de direito sem leis e com muitas barreiras impostas por aqueles que, diante de sua soberania, fingem praticar a mais nobre das atividades: a solidariedade e o respeito com as diferenças.

Chego indignada, quase que revoltada, com o que acabo de vivenciar no Processo Seletivo para Atribuição de classes e aulas 2014 da Secretaria de Estado da Educação, cuja prova foi organizada e aplicada pela FUNDAÇÃO VUNESP. Conheço muito bem a política dessa empresa, tanto porque em ocasiões anteriores já cheguei a solicitar provas em Braille que não vieram e tiveram que designar "qualquer" pessoa para assumir a função de ledor, sem qualquer preparo. Pois bem... Diante desses conflitos constantes, passei então a solicitar provas com auxílio de ledores, que são pessoas designadas especialmente para assumir a função de ler a prova EM VOZ ALTA e, ainda sem que se tenha o preparo suficiente, pelo menos são avisadas e informadas que assumirão essa função durante a aplicação do concurso público. E foi justamente essa a solicitação que fiz para a FUNDAÇÃO VUNESP ao me inscrever nesse processo seletivo. Cumpri todas as exigências que cabiam a mim, inclusive de entregar, na data determinada, um laudo médico contendo o CID da minha deficiência. Ora, se pedem tal documento, deveriam pelo menos saber interpretá-lo corretamente, já que sou cega e isso está descrito no laudo/atestado médico, ou será que pensam que eu estou brincando de não querer enxergar? Se bem que, nesse caso era bom mesmo nem ver certos acontecimentos...

Estudei para a prova, me preparei como qualquer candidato, mesmo tendo que fazer um esforço quase que sobrenatural para conseguir as obras da bibliografia básica disponíveis em formato acessível. Tenham a certeza que estudar para um concurso público não é tão símples assim, pois além de ler, entender, anotar e compreender todos aqueles conceitos e conteúdos, temos que antes disso adaptar as obras para nossa necessidade, tais como digitalizá-las, corrigí-las ou solicitá-las em alguma instituição que forneça livro falado ou livro em Braille e isso demanda tempo e desgaste físico e mental. Afinal já deve ser do conhecimento da maioria das pessoas, que não temos a disponibilidade de entrar numa livraria e adquirir um livro no formato acessível para nós, como qualquer pessoa faria em condições normais.

Feliz de que toda a etapa pré-avaliativa tinha sido superada e de posse de todo conhecimento necessário para participar desse processo seletivo, entrei enfim para responder as 80 questões que me eram designadas, numa folha completamente lisa para mim, porém que tomaria seu formato e seu significado através dos olhos daquela que foi designada minha "ledora" para esse momento. Chego na sala e fui muito bem recebida pela ledora, a mesma do ano anterior, que relatou ter escolhido essa função porque gostou bastante de ter podido contribuir com o seu trabalho. Senti que ela estava bastante feliz ali, nessa função tão necessária para nós, e eu também estava contente pela alegria dela, pois ela faria o possível para que a prova transcorresse bem.

Cabe destacar que a minha formação é em pedagogia e em deficiência visual, mesma disciplina que escolhi atuar e, portanto, minha prova versava sobre questões gerais da educação no Estado de São Paulo, legislação geral e específica na área da inclusão e parte específica relacionada à deficiência visual. A parte específica, ao meu ver, é a única parte capaz de avaliar os conhecimentos desse profissional em sua atuação, caso contrário nem seria necessário diferenciar as áreas de atuação. Passamos bem pelas duas primeiras partes da prova, ou seja, os dois terços iniciais. Quando chegamos na parte específica, justamente a parte que me avaliaria para a atuação em Deficiência visual e cujo teor faz parte, obrigatoriamente, da minha formação específica, eu simplesmente fui ignorada pelos organizadores dessa "aberração" de prova.

Eu, uma profissional braillista, ligada diretamente a formação de professores e ao ensino do Braille, usuária desse sistema de leitura tátil e escrita, simplesmente fui impedida de resolver quase que 1 décimo da prova por pura "incompetência" da FUNDAÇÃO VUNESP que apresentou algumas questões em formato de imagem, como é o caso da foto de um texto em Braille para que a gente descobrisse o que estaria escrito e cujas 5 alternativas eram resultado dessa transcrição. Outra questão baseava-se na foto de um soroban para que descobríssemos qual era a operação realizada ali. Outra, ainda, imagens de pessoas guiando cegos, imagens de aparelhos diversos, e mais imagens de Braille. Isso tudo para medir um conhecimento superficial, mas de maneira muito desigual entre quem enxerga e quem não enxerga. Pra completar, a ledora, que ficou bastante constrangida, tentava descrever e apontar algumas letras em Braille que estavam estampadas na minha camiseta. Sem sucesso, pois jamais tinha entrado em contato com tal código e não havia recebido formação nem para ler textos em Braille, nem para demonstrar operações em soroban e, muito menos, para descrever outras imagens contidas na prova. Fiquei bastante sensibilizada com o constrangimento dela, diante daquilo que não conseguia descrever. Mais dois coordenadores foram chamados e, numa tentativa frustrada, perceberam que sem preparo e sem nenhuma adequação era mesmo impossível prosseguir. eles também tentaram e eu, quase num desespero contido, busquei ensiná-los, no improviso, o que era Braille e como as letras eram formadas e como fazemos pra registrar números no soroban. Não deu...E agora como eu fico? Fui visivelmente prejudicada por não ter tido tratamento igualitário para a realização da prova. Pela FUNDAÇÃO VUNESP não respeitar os meus direitos de acesso à informação, mesmo eu tido comprovada minha deficiência visual. Queria, de verdade, saber, se basta apenas copiar de uma Convenção da ONU que os Princípios que alicerçam os direitos da pessoa com deficiência são justamente o do desenho universal e o da não discriminação, para cobrar em uma de suas questões dessa prova. Será que basta saber assinalar uma alternativa correta, reforçando a não discriminação e, na prática, discriminar tanto assim? Se essa avaliação fosse medir o grau de inclusão pra se trabalhar com educação inclusiva, realmente vocês teriam nota 0. Quero aqui deixar o meu protesto, quero aqui pedir providências urgentes, inclusive, quero meu direito de responder dignamente as 80 questões dessa prova, com respeito. A contradição que vemos é justamente do processo seletivo ser destinado à atuação com pessoas com deficiência e a própria pessoa com deficiência ter seus direitos tolhidos. De que educação inclusiva o Estado fala? Qual é essa educação inclusiva que o Estado tanto prega se depois de formados, esses alunos, futuros profissionais, terão tantas ou mais dificuldades do que eu tive hoje ao realizar essa "simples" prova.

Onde fica a capacitação desses fiscais, que vão com a cara e a coragem, e muita boa vontade, mas sem lhes oferecer o suporte adequado?

Mostra pra gente São Paulo, na prática, que inclusão vocês querem prevalecer? Mostra pra gente que não somos tolos em pensar que esse foi mais um dentre tantos equívocos que tenho presenciado na luta por uma educação inclusiva de qualidade?

Querem nos avaliar sem quaisquer critérios de inclusão, quantificando nosso saber e desqualificando nossa formação e nosso conhecimento. Queremos deixar de ser invisíveis como essas fotografias foram pra mim hoje, nessa prova. Queremos mais cidadania, menos barreiras e mais dignidade!

Solicito, urgente, providências para que eu tenha o meu DIREITO de responder todas as 80 questões dessa prova. Ou será que esse processo seletivo quer mesmo deixar pra fora as pessoas com deficiência visual?

Não vou permitir que mais essa "injustiça" seja considerada apenas um "mal entendido", vou lutar até o fim!!!VAMOS FUNDAÇÃO VUNESP, VAMOS SÃO PAULO MOSTRAR A VERDADEIRA INCLUSÃO NA PRÁTICA OU ESTÁ TÃO DIFÍCIL ASSIM ASSUMIR QUE SOMOS CIDADÃOS?

Luciane Maria Molina Barbosa

Pessoa com deficiência visual;

 pedagoga com especialização em atendimento Educacional Especializado (UNESP - Marília), vencedora do IV Prêmio Sentidos para pessoa com deficiência.

braillu@gmail.com

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

CEGOS NO PLANETA BUSÃO

Faaaaaaaaaaaala galera!

Resolvi escrever essa crônica.

Bom. Eu não sei se é bem uma crônica, ou como poderia ser definido isso. Se é que tem definição.

Bom. O fato é que me deu vontade de escrever sobre o planeta busão.

Afinal é um planeta público, pois além de um transporte que nos traz ao trabalhe e leva para casa, tem características próprias.

Afinal, o reflexo da sociedade está nele.

E aí? Vamos embarcar nessa viagem?

Tudo começa quando você está num ponto específico, esperando o planeta passar.

As vezes passa um planeta semelhante, mas com uma cor diferente ou numeração, não te servindo aquele.

Porém, as características são comuns.

Nesse momento, você tem grandes possibilidades de conhecer gente nova e de até estreitar os laços, já que, comumente, algumas destas pessoas, assim como você, estarão no mesmo horário, no mesmo local esperando a aparição do planeta, que por vezes demora.

Mas, se pensarmos bem, nem demora tanto.

Quantos astrônomos ficam esperando 100 anos por um eclipse, pela aparição de um cometa, etc.?

E finalmente chega o planeta e com ela, a recepção do seu povo.

Primeiramente, talvez alguém venha na entrada puxar o cego pelo braço para entrar no planeta.

Afinal, o cego não vai conseguir subir o degrau que lá se encontra.

Na verdade não vai mesmo se as pessoas não deixarem e travarem o cego. Mas em fim.

No interior do planeta, acontece um campeonato onde participam enfermidades reais e virtuais e, a cegueira sempre leva o título de campeã.

A senhora que mal consegue ficar de pé quer dar lugar ao cego, o senhor que também está nas mesmas condições pede o lugar do cego e, somente o motorista não tenta dar o lugar para o cego, pelo simples fato de não conseguir fazer girar o planeta se o fizer. Afinal, o cego não consegue ficar de pé.

E essa lei planetária sempre é julgada e aplicada, sem direito à defesa.

Afinal, o cego, que está do outro lado da história, fica sem ação, pois aquelas pessoas com tal atitude só quiseram ajudar.

E assim vai.

Na hora em que o cego vai sentar, alguém vem tentar ajudar também.

Afinal, ele é cego. Não vai conseguir sentar.

Os acontecimentos recentes, fazem com que entendamos a história daquele planeta utilizando apenas a lógica.

Por exemplo:

Acredito que a descoberta científica mais importante ali, foi quando um dia um cego agradeceu por receber ajuda e aí, um grande espanto tomou conta do povo, que deve, ou ter dito em coro, ou pensado:

Nossa! Ele fala!

Algumas vezes, rolam também, comentários inusitados.

"Nossa. Deus faz as coisas erradas. Tão jovem! tão bonito!...."

Po, senhora? Além de cego eu deveria ser velho, feio, acabado... Não acha que já seria muito pra mim? Kkkkk.

Mas voltando à lei do lugar do cego, justificada pelo fato de que os assentos preferenciais são para as pessoas que não conseguem ficar em pé e o cego, faz parte desse grupo, obviamente. Tem que ser muito idiota para não entender isso... É tão óbvio!

Sempre existem as pessoas que agem em defesa dessa lei.

"Olha o lugar do rapaz aí!"

E quando surge o lugar, o cego senta, sem defesa, porque a pessoa só quis ajudar.

Se está tudo bem, melhor pra você.

Senão, se essa situação te causou desconforto, caso ocorra numa sexta-feira, ao desembarcar, toma uma cerveja para ver se isso desce melhor, mesmo que na verdade o que você queira é descer rapidamente do busão.

Engole seco e espera descer... Ou de uma forma, ou de outra.

Lógico. Isso pode acontecer num dia em que você já esteja cansado, não esteja lá com o humor dos melhores e ainda, após tal situação, encarar um trânsito daqueles.

Nesse caso, tenta de alguma forma agir como se nada tivesse acontecido.

Se a pessoa ao seu lado for boa de papo, tenta conversar, senão, põe os fones no ouvido e vai escutar música, até chegar a hora mais esperada, que é descer do busão.

O  que você sente com toda essa situação?

Nada.... Tu é cego.

Cego não enxerga, não anda, não fica de pé, não senta, não sente, não transa, não bebe, não fuma e  se bobear, não escuta também.

Sim. Porque comentários como o citado acima são ditos claramente, como se o cego não estivesse escutando.

Aliás, cegos nesse planeta, são divididos em duas subcategorias.

Os que não conhecem o trajeto, pedem para que o motorista avise quando chegar em um determinado lugar para que possam desembarcar. Esses, fazem parte do grupo coitados.

Já o segundo grupo, consiste naqueles que conhecem o trajeto, e só sinalizam ao cobrador ou ao motorista que vão descer no próximo ponto.
Esses, são denominados orgulhosos.

Tem como evitar toda essa situação?

Sim.

Conseguirá êxito nisso quando conseguir trabalhar num local para onde possa se deslocar a pé.

Mas, quem sabe, nossos netos, bisnetos, etc., já vejam uma situação completamente diferente?

Ops... Bom.... Se forem cegos, também não vão ver..... É verdade.

Agora uma coisa é certa. Existe um hábito que diminuiu muito.

Sabemos que é muito comum se ter animais de estimação.

Cachorro, gato, pássaro, coelho, tartaruga... Sim. É bem legal, né?

Eu pelo menos adoro cachorro e sempre tive enquanto adolescente.

No entanto, era muito comum algumas famílias terem um cego de estimação.

Sim. O bichinho era criado num quarto, com água, comida e quem sabe, um rádio e uma TV pra distrair ele?

Pior. Eu duvido que cego de estimação já seja uma espécie em extinção.

E o povo desse planeta, tem a capacidade de definir a personalidade de um cego, dentre as 3 possíveis, em questão de segundos.

Quando você entra no planeta, é, automaticamente, coitado.

Se teve algum aborrecimento e num determinado dia sua expressão e humor não são dos melhores, é revoltado.

Existe também a possibilidade de ser considerado superdotado. Para isso, basta ter o mesmo nível intelectual de qualquer pessoa normal.

Mas, também, existem exceções a essas regras e já fiz várias amizades em tal planeta.

Só espero que estas pessoas não sejam punidas por estarem transgredindo as leis do busão.

Sei que esse texto causará várias interpretações, reações, entendimentos.

Sinceramente, gostaria de saber de você, leitor do blog, a visão que teve de tudo isso após ler.

Deixem comentários e, caso não queiram fazê-lo por considerar uma exposição, mande e-mail para


Nesse texto, eu quis mostrar apenas uma coisa:

Não... Eu ainda não vou dizer o que é.

Quero ver como vocês viram tudo isso e as diferenças entre a mensagem que eu quis passar e a vista por vocês. Vamos lá.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

RESUMÃO DO ÚLTIMO FIM DE SEMANA

Faaaaaaaaala galera!

 

Como vocês me viram anunciar aqui, ia estrear no sábado passado o programa zoeira Total, que seria apresentado por mim.

 

Bom... Na verdade ele até estreou, mas.... Bom.... Pra mim não valeu.

 

Acontece que o software de transmissão que utilizei, juntamente com o de automação de rádios, entrou totalmente no espírito do programa e me zoou legal. Kkkkkkkk.

 

Eu ouvia o áudio que ia pra transmissão com atraso. Daí não conseguia disparar as músicas, vinhetas e tal na hora certa... Foi um horror.

 

Nem gravei o fiasco.

 

Kkkkkk.

 

Mas ontem, fui dormir mais de meia noite tentando descobrir porque deu errado.

 

Vou fazer mais uns testes para que no próximo sábado eu não pague mico de novo. Kkkkk.

 

Portanto se você não ouviu, perdeu.... Uma grande oportunidade de me zoar. Rs.

 

Depois disso, rolou um churrasco bem legal.

 

Depois da bebedeira, surgiram algumas teorias interessantes, como por exemplo:

 

Quando várias pessoas surgem com o mesmo sintoma em uma região, pode apostar. Foi os EUA que dispararam algum vírus via satélite em uma determinada região e isso é feito para que os laboratórios possam lucrar....... kkkkkkkkk. Kkkk.

 

Disparo via satélite de vírus... Po. Já não basta a espionagem das comunicações brasileiras? Agora tão mandando até doença pra cá?

 

Oh... Será que não é feito via Internet, através dos cabos submarinos que trazem a conexão pra cá? Kkkkkk.

 

Depois veio a revelação de que existe o grupo dos 13.

 

Bom. Até hoje eu só conheço o Clube Dos 13, que tem Flamengo, Corinthians, e mais outros.

 

Foi falado depois num tal grupo chamado Iluminate, mas esse eu não conheço porque não vi luz nenhuma. Kkkkk.

 

Já viram que o churrasco foi culto, né?

 

Até cochilei com tanta sabedoria e informação ao mesmo tempo. Rs.

 

Já o domingão foi marcado pela gravação do Sportcast.

 

Toda vez eu tinha que aturar dois corinthianos, onde um falava:

 

"Quanto foi o jogo, André?"

 

2 x 1 pro Botafogo.

 

Aí o outro, fazia aquele bordão normal da Jovem Pan pela manhã:

 

"Repita"....

 

Ta bom.... Ainda vai chegar a minha vez..

 

E por falar em time de futebol, o Vasco Da Gama vai sempre confirmando sua fama de vice.

 

Afinal, isso é histórico.

 

Voltemos à 1500.

 

O primeiro nome que ouvimos na História, responsável pelo descobrimento do Brasil, foi Cabral.

 

Qual foi o segundo?

 

Qual é o time que mais tem vices no Brasil?

 

Não....... Vocês pensaram errado se chutaram o Vasco. É o grêmio.

 

Vasco é vice nisso também. Kkkk.

 

E, se a carruagem continuar dessa forma, o Vasco será, o segundo grande time a cair para a segunda divisão pela segunda vez....... Po....... Olha a fama aí! Kkkkk.

 

Depois dessa, só me resta encerrar o post. Rs.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Voltando ao blog em meio à correria

Faaaaaaaaala galera!

Estou aqui, postando com uma frequência menor no blog por causa da correria.

Essa é a semana de prova na faculdade e finalização dos trabalhos para entregar. Aí já viram, né? Espero que tenham visto mesmo, porque eu, não. Kkkkk.

Nesse tempo de afastamento algumas coisas aconteceram. Mas, antes de contar, vou sugerir uma música em homenagem a elas.

Elas quem? As gordinhas.

Exato. Faço essa homenagem, porque plagiando uma música de um outro estilo, "Eu adoro, Eu me amarro!"

Afinal, né gente... As magrelas que me desculpem, mas o ser humano é feito de carne e osso. Kkk.

E como já disse, também copiando a frase de um amigo "mulher magrela é que nem taxi na marginal. Não tem onde pegar." Kkkkkk.

Além do que, ainda tem mais. Não vou generalizar, mas 90% das magrelas são assim:

Vamos comer uma pizza?

Ah... Não sei... deixa eu ver.... se eu pedir uma pizza, dependendo do sabor.... ah... quantas calorias eu vou consumir.. Essa semana já ingeri x, aí depois a pizza..... ah... Desculpa.... Não vai dar...

Gente... Isso é um saco!

Já com uma gordinha que realmente se aceita você pode ir para uma pizzaria, churrascaria ou até mesmo comer uma feijoada e tenho certeza de uma coisa: Mesmo que não role nada, ao menos boas risadas você vai dar.

Por conta disso e pelo fato de pegar em osso não ter a menor graça, prefiro as fofinhas delícia.


Agora vamos às coisas que aconteceram:

A primeira.

Depois de 6 anos, finalmente voltarei a fazer rádio Web.

Como contei para vocês, estou participando de um programa chamado Sportcast.

No entanto, a partir de sábado, apresentarei um novo programa.

É um projeto meu chamado zoeira Total.

Já imaginaram como vai ser o programa, né?

Então, quem quiser, poderá ouvir no sabadão, a partir das 17:00 em:


serei eu junto com a galera do Sportcast.

 A pergunta da semana, já está no Facebook para quem quiser responder.

Curtam a página do programa e se alguém puder arrumar uma foto para colocar no perfil dela agradeço.


As melhores respostas serão lidas no ar.

Tem também o quadro de trotes.

Vai ser bem legal.

É um programa independente e aberto para as rádios web ou não que queiram retransmitir.

Quem nos acompanhar no Facebook terá também o link para o programa gravado caso não consiga ouvir na hora.


A segunda coisa...

Bom... Outro dia fui trolado pela tecnologia.

Como já postei aqui algumas vezes, sou amante do bom futebol.

Para ficar por dentro do que acontece nas partidas pelo mundo a fora, resolvi instalar em meu celular um aplicativo chamado Hora do gol.

Quando fui configurar, fui nas informações de time, onde abriu uma lista para selecionar e, ao escolher o meu, recebo a seguinte mensagem:

"Você tem certeza que quer escolher Flamengo como seu time favorito?"

Kkkkkk. Putz. Que aplicativo sacana!

Partindo desse princípio, fiquei com algumas dúvidas:

Será que se o usuário escolher Corinthians ele aciona automaticamente a polícia?

Será que se o usuário escolher Grêmio, são Paulo, ou então o Florminense......... ops... eu quis dizer Fluminense..... kkkkk. Ele manda a mensagem:

"Tem certeza que quer sair do armário agora?"? kkkkk.

E, finalmente, esse fim de semana foi maravilhoso, com ótimas companhias, com direito à bolo de chocolate para comemorar aniversário, rabada no domingo, bom filme ao lado de uma ótima companhia e também, não vou esquecer do caldo verde.

Afinal: "Eu adoro, Eu me amarro."

Por enquanto é isso.

Assim que der eu volto postando novidades.

Até.

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