Faaaaaaaaala galera!
É. Ninguém vai acreditar. Eu já falei tantas vezes que o blog ia voltar e ele não voltou. Mas, um bom filho à casa torna, certo? Então, após casar novamente, ocorrerem várias mudanças na minha vida, o blog não vai mudar.
Eu já mudei pra caramba. Morei em Santos, Santo André, voltei pra São Paulo. É... De certa forma, se eu me mudar mais, o blog também vai, porque as postagens serão feitas de lugares diferentes, né?
Bom. Hoje a postagem não será tão descontraída porque o assunto é sério, me revolta, vou ser novamente repetitivo, bla bla bla e o Palmeiras não tem Mundial. Kkkkkk.
Bom. Essa última parte não me revolta, porque a piada sempre se renova.
Mas, fato é que ontem, Magda Paiva, assessora parlamentar, cega, caiu no metrô.
Algumas pessoas devem estar se perguntando: como pode ter acontecido?
E provavelmente muitos a estão condenando porque não esperou funcionário, como se não tivéssemos horários obrigações e como se hoje a experiência de achar um funcionário no metrô não fosse semelhante a achar um camarão num pastel de feira.
A "acessibilidade", que o metrô encheu a boca pra citar em sua nota oficial, Segue o PNAFC (Padrão Nacional De Acessibilidade Feita Nas coxas).
Magda relatou que saiu do metrô, não havia funcionário, tentou achar a escada rolante e se perdeu. Além da estação não ter as portas de proteção da plataforma, sabem por que ela se perdeu?
Porque o projeto de acessibilidade é tão bem feito que, em nenhuma estação, o piso tátil, teoricamente instalado para ajudar na orientação da pessoa cega, leva para a escada rolante.
Podem reparar. Os pisos táteis só levam para elevador, uma vez que cegueira é a dificuldade nas pernas que impossibilita subir escada.
Ué, André! Cegueira não é o fato de não enxergar? Sim. Só que para quem fez o projeto não.
Na estação Marechal Deodoro, por exemplo, o piso tátil só leva para o elevador, que dá acesso a uma saída, que é de um dos lados da AV. General Olímpio Da Silveira.
E se a pessoa precisava ir para o outro lado?
A... Qual é o problema? Afinal, é mais fácil atravessar uma avenida movimentada sem enxergar do que subir uma escada, né?
Calma que ainda piora.
Toda essa volta foi para explicar que se ela pudesse seguir o piso até a escada rolante, não perderia a referência e não iria parar na via. Mas, para o acesso, acaba sendo, em todas as estações, necessário sair do piso tátil.
E por falar em dar volta para explicar, os tais pisos táteis também dão voltas desnecessárias muitas vezes para chegar em catracas, saídas. Segundo a explicação do metrô, é para tentar fazer com que seja seguido um caminho de menor fluxo.
Aliás, cego não deve ter contato com gente, né? Vai que seja contagioso! É melhor desviar a gente por onde ninguém passa. Kkkkk. Ou algum "especialista" em deficiência concluiu que um cego tem dificuldade de passar onde pessoas passam.
Calma que ainda piora.
Lembra do elevador, que nas estações onde existem é o único lugar para onde o piso tátil leva?
Se você trabalha, precisa bater ponto, ou sai do trabalho pra ir pra faculdade... O que, cego trabalhar, fazer faculdade? ... Bom. se você tem o que fazer..... cego tem isso? é... Fato é que você vai ter que ficar lá, esperando o elevador e quando ele chegar, se lá estiver um cadeirante, que por sinal precisava realmente do elevador, você vai ter que esperar a cadeira sair, a porta fechar e só aí uns 5 minutos você já perdeu, quando já poderia ter optado pela escada rolante e em alguns casos já estar no seu destino.
Não estou dizendo que não deveria haver uma maior quantidade de funcionários, uma vez que muita gente não conhece a estação onde está desembarcando e precisa realmente de ajuda. Só que apenas isso não é acessibilidade. acessibilidade é prover a possibilidade de exercermos nosso direito de ir e vir com autonomia.
No entanto, autonomia para alguém com deficiência aqui no brasil é uma aberração. Daqui há pouco vão dizer que estou xingando palavrão aqui no blog.
Mas, imaginar que seria diferente, vendo o que acontece em todos os lugares, é ser muito otimista.
Engraçado! Todos os pontos turísticos e culturais dizem ter acessibilidade e promover a inclusão.
Inclusão é porra! Você chega no Museu Da Língua portuguesa e, dentro de todos aqueles andares, você encontra meia dúzia de coisas com acessibilidade.
Promoveriam a inclusão se todo conteúdo ali dentro fosse acessível e o pior que dá para fazer.
Só que aqui, acessibilidade é uma coisa que muita gente tem interesse apenas em mostrar que faz, não em fazer.
Semáforos sonoros instalados pela prefeitura.
Num primeiro momento, estão priorizaram locais de maior urgência , ou quem sabe importância.
Ué? A AV. Paulista não é importante? Não seria imprescindível ter semáforo sonoro lá?
E a Rua Da Consolação?
A brigadeiro Luiz Antônio, a Faria Lima, o cruzamento da Vila Ema com a Salin.... Sim. essa última é muito importante porque eu passo lá todo dia. Kkkk. Mas além disso, é muito movimentada.
Não! Essas não são importantes. Afinal, a prioridade é instalar onde existem instituições de cegos. Afinal, é pra lá que eles tem que ir. Pra dentro de sua toca.
Fazer o que na Paulista, na consolação, Etc.?
Trabalhar?
Que é isso? O Governo dá o BPC todo mês pra você não fazer merda nenhuma! Fica na tua casa e frequenta a tua instituição que dá menos trabalho!
Agora eu pergunto:
Onde está a Secretaria Da Pessoa Com Deficiência nessas horas e vou mais além:
Onde está o conselho Da Pessoa com Deficiência, que deveria fiscalizar e acompanhar o que a secretaria faz?
Por enquanto é isso.
Na próxima postagem vou falar sobre áudio Descrição.
Sim, de novo. A diferença é que eu descobri que existe áudio descrição bem feita, como a da Netflix, por exemplo.
Mas eu vou comentar uma aberração que encontrei semana passada.
Até a próxima.