É engraçado quando o comportamento das pessoas muda em qualquer lugar, quando um acompanhante que enxerga está junto.
Parece piada, mas as pessoas nunca se dirigem a você.
Certa vez no litoral do rio, estava eu com um amigo. Ele enxerga. Lá pelas tantas, depois de beber várias, tinha um pagode movimentado e falamos. a, vamos lá.
percebemos que além das mesas do bar existia um espaço onde a galera tava dançando e fomos para lá.
Eis que uma pessoa se dirige ao meu amigo e pergunta:
Ele quer sentar?
Juro. Acontece. Meu amigo disse: não sei. acredito que não. Pergunte a ele.
Mais engraçado foi uma vez.
Num bar, estávamos vários cegos e também várias pessoas que enxergam.
O comportamento do garçon foi tanto quanto curioso.
Para nós que não estávamos acompanhados ele chegava na mesa e perguntava: Mais um Chopp?
Para um amigo que estava com uma pessoa que enxerga ao lado dele ele se dirigia a ela e perguntava: Ele quer mais um chopp?
Ela ia e retransmitia a pergunta para ele, que depois do quinto já tava muito puto. Rs.
Resolvemos fazer um teste que consistia em trocar uma das pessoas que enxerga para o lado de outro cego, a fim de ver como seria o comportamento do garçon. Como esperávamos, a situação foi a mesma. rs.
Ontem no Play cent estava eu com uns amigos. Uma me levou até o local da lanchonete para que eu fizesse o meu pedido e lógico, o pagamento.
Fiz o pedido, entreguei o cartão e falei: débito.
A atendente passa o cartão e fica olhando para tentar descobrir quem estava comigo, por causa da senha. rs.
Acreditem se quiserem. É exatamente isso.
E não é raro acontecer.
Uma vez em um shopping famoso de São Paulo eu sem entender nada só escuto uma amiga falar: Moça! O cartão é dele! Como eu vou saber a senha?
E para finalizar esse post vou contar uma que aconteceu no terminal rodoviário do Tietê.
Um funcionário me acompanha até o balcão para que eu pudésse comprar minha passagem. Até aí normal.
A atendente, além de fazer a clássica do cartão...
Bom. Eu faço essa viagem Rio São Paulo/ são Paulo Rio há mais de 6 anos. A diferença é que antes eu morava no Rio, hoje em São Paulo.
Então, escolho as poutronas porque eu já tenho na mente o desenho do ônibus.
A atendente faz o inacreditável.
bom agora é só escolher a poutrona. Pode escolher qualquer uma das amarelas, porque são as que estão desocupadas.
O funcionário olha pra ela, em seguida olha pra mim e pergunta:
Quais são as amarelas?
Aí ela se tocou.
Aí eu perguntei: Você tem a poutrona 3?
E aí fomos conversando até que chegássemos a um acordo e eu conseguir escolher a passagem.
ela estava bem sem graça no fim. rs.
segunda-feira, 29 de março de 2010
O cego acompanhado de quem enxerga
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4 comentários:
Verdade... Em uma dessas ocasiões eu estava junto! Realmente só ao seu lado para sentir na pele rs
Outro fato engraçado do Play Center, foi quando a moça me perguntou se eu era a sua responsável, eu sem saber muito o que fazer balancei a cabeça fazendo sinal de sim. Você logo perguntou o porquê eu era sua responsável... A moça ficou completamente sem graça! ALi naquele momento eu queria mesmo é dizer a ela, que o responsável ali era você pelos três (estavamos em 4 com o André) porque você nos guiou pelas ruas de São Paulo melhor que qualquer outra pessoa, e se não fosse por você estavamos perdidos! Pois nem de táxi sabíamos aonde queríamos chegar rs
André, aproveitando... Adorei passar esse fds com você amigo! Beijos
com certeza Fabi! O fim de semana foi ótimo! Na hora em que escrevia esse post eu não lembrei da história da responsável. Rs. E depois teve o lance quando a Vivian me levou para passar o cartão, que eu descrevi no post.
Eu sempre fiquei intrigada em como as pessoas cegas lidam com o dinheiro impresso, digo, as moedas é fácil pelo tato dos números e tal, mas, e as notas?
camila, que viagem é essa?
Fácil sentir moedas pelo tato nos números?
Ah, se você não está residindo no Brasil pode ser possível, porque aqui... O que dá pra diferenciar as vezes é o tamanho da moeda.
Quanto à notas impressas, normalmente organizamos em ordem e na hora do troco, não há outra alternativa senão confiar no comerciante.
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