Faaaaaaaaaala galera!
O fato que infelizmente vou precisar postar aqui e ainda
comentar, me faz lembrar uma música de Gabriel O Pensador, que diz:
“Até quando você vai ficar levando, porrada porrada, até
quando vai ser saco de pancada?”
Até quando a gente vai ficar levando porrada e passando por
esse tipo de situação?
Vai aí o link da música:
Colo abaixo a reportagem do G1, com meus comentários sempre
entre *** como de costume. Primeiro, o link original para a reportagem com suas
devidas fotos.
22/05/2013 12h49 - Atualizado em 22/05/2013 13h20
Azul barra deficientes visuais em voo para MG e Anac pede
explicações
Grupo que embarcaria em Ribeirão alega que foi impedido por
comandante.
'Nunca me senti tão humilhado', diz deficiente sobre
episódio no Leite Lopes.
Eduardo Guidini
Do G1 Ribeirão e Franca
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1 comentário
Deficientes visuais foram impedidos de embarcar em avião da
Azul (Foto: Reprodução/ EPTV)
Deficientes visuais foram impedidos de embarcar em avião da
Azul (Foto: Josinaldo Rodrigues/ EPTV)
A Azul Linhas Aéreas terá de explicar à Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) o motivo do impedimento do embarque de três deficientes
visuais em um voo que saiu do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP),
com destino a Belo Horizonte (MG), no domingo (19).
Segundo os passageiros, o comandante do voo barrou o
embarque, alegando que só poderia transportar um deficiente na aeronave. Os
três dizem ter passado pela situação 'mais constrangedora de toda a vida' e
pretendem entrar na Justiça contra a companhia nos próximos dias.
Procurada pelo G1, a Azul informou que lamenta o ocorrido e
está à disposição para responder qualquer questionamento da Anac.
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Proibição
Segundo o analista de sistemas Crisolon Terto Vilas Boas, de
54 anos, o problema começou quando o grupo formado por ele e outros três
deficientes visuais, que havia participado de um campeonato de xadrez em
Altinópolis (SP) no fim de semana, estava na sala de embarque do aeroporto em
Ribeirão. "Nós fizemos o check-in normalmente e entramos na sala. Quando o
embarque abriu, ficamos em pé na fila especial por 40 minutos e percebemos que
havia algo errado", lembra.
De acordo com Vilas Boas, após quase uma hora de espera, uma
funcionária da Azul se aproximou para explicar a situação ao grupo. "Uma
funcionária da empresa nos informou que o comandante disse que só poderia
embarcar um [deficiente] por voo, pois três cegos em um avião ‘poderia ser
perigoso’. Em seguida, um gerente da Azul que isso não é norma da empresa e que
o comandante havia inventado issoda própria cabeça", diz.
A assistente de vendas Priscila Melo Cândido, de 21 anos,
que fazia parte do grupo relembra o episódio com mágoa. "Nunca passei
tanta vergonha na minha vida. Foi algo muito constrangedor", descreve a
jovem. Segundo ela, diante da determinação do comandante, apenas um dos
deficientes conseguiu embarcar no voo marcado. "Outro amigo nosso tinha
conexão em Belo Horizonte e acabou embarcando em meio a esse problema todo para
não perder o voo em Minas Gerais", afirma. A aeronave decolou às 18h.
*** O desrespeito por parte da Azul Linhas Aéreas já começa
aí.
40 minutos em pé na fila especial sem saberem porque.
Ninguém da empresa dava sequer uma satisfação.
Imagina 3 pessoas cegas ouvindo as chamadas para seu
embarque, esperando numa fila sem embarcar e sem, ao menos saber o que
acontece. ***.
***.
Sem conseguir pegar o avião, Priscila, Vilas Boas e o
oficial geral Davi de Souza Lopes, de 36 anos, remarcaram as passagens pela
mesma companhia aérea. Eles seguiram por conta própria para um hotel em Ribeirão
Preto. Os três só conseguiram voltar para Minas Gerais na segunda-feira (20) e
em três voos diferentes.
*** Opa. Dois aí eu conheço. Crisolon e Davi Lopes. ***.
***.
***.
*** Eu li direito? Foram para um hotel por conta própria?
A azul além de fazer passar por todo o constrangimento ainda
deixou eles à Deus Dará?
***
Crisolon Terto Vilas Boas diz que o grupo vai entrar na
Justiça (Foto: Gerson Peres Batista/ Arquivo Pessoal)
Vilas Boas diz que o grupo vai entrar na Justiça
(Foto: Gerson Peres Batista/ Arquivo Pessoal)
Ação
Ao G1, o grupo afirmou que pretende entrar na Justiça contra
a Azul nos próximos dias com uma ação por danos morais. Até o momento, eles dizem
não ter recebido nenhum posicionamento oficial da empresa sobre o episódio.
"Pratico xadrez há 30 anos e já viajei para mais de 28 países por causa do
esporte. Nunca passei por isso em nenhum lugar. Já havia viajado em grupos de
cegos, inclusive pela Azul, e nunca aconteceu isso", conta Vilas Boas.
*** entrar com uma ação já! É isso que vocês tem que fazer
mesmo.
***.
Priscila disse que não pretende mais viajar pela empresa.
"Eu considerava a Azul a empresa que melhor cuidava dos deficientes,
sempre foram muito prestativos. No dia que esse caso aconteceu, eu havia
elogiado a empresa aos meus amigos falando justamente isso. Por causa disso,
acho que a decepção foi maior ainda", conclui.
*** Realmente, também nunca tive problemas com o atendimento
da azul, embora eles não me passassem segurança as vezes e darem a impressão de
que podiam me esquecer ali. Mas depois que entendi melhor os procedimentos da
empresa, fiquei menos temeroso.
Mas uma coisa te digo:
Discordo totalmente de você.
Temos é que viajar pela empresa sim e cabe a ela aprender a
nos respeitar.
Se deixarmos de utilizar os serviços aos quais temos direito
por causa dessas atitudes, de certa forma as prestadoras vão encarar isso como
se livrar do problema.
Então, se pagamos passagem como qualquer pessoa, temos sim
que exigir atendimento com qualidade.
***.
Esclarecimentos
Em nota, a assessoria da Agência Nacional de Aviação Civil
informou que pediu esclarecimentos sobre o caso à Azul Linhas Aéreas.
Segundo a agência, o transporte aéreo de passageiros que necessitam de
assistência especial é tratado pela Resolução nº 09/2007. "As empresas não
podem limitar o número de portadores de deficiência que possam se movimentar
sem ajuda ou que estejam acompanhadas", diz a nota.
Entretanto, a Anac afirmou que “a mesma resolução prevê que
o número de passageiros sem capacidade de se locomover sozinhos e que estejam
desacompanhados não pode exceder 50% do número de tripulantes da cabine,
visando à segurança em casos de necessidade evacuação".
Segundo a agência, a resolução está em revisão e uma nova
norma sobre acessibilidade será editada ainda este ano com o objetivo de
melhorar a qualidade do atendimento prestado aos passageiros com necessidade de
assistência especial.
*** que a ANAC exija sim explicações.
Se existe algo positivo nisso tudo é a ANAC querer realmente
investigar o caso para tomar as providências cabíveis e para que isso não se
repita.
Segue agora a explicação cara de pau da azul Linhas Aéreas:
Azul
Em nota, a assessoria de imprensa da Azul informou que ainda
não foi notificada pela Anac, mas disse que a empresa está a disposição para
qualquer esclarecimento sobre o caso. A companhia informou também que o
problema foi causado porque os passageiros não se identificaram como
deficientes visuais no momento da compra dos bilhetes.
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Azul.
Sobre o caso de Ribeirão Preto, a Azul Linhas Aéreas
Brasileiras reforça novamente que lamenta o ocorrido e informa que em nenhum
momento teve a intenção de causar qualquer constrangimento aos clientes que não
puderam embarcar no voo para Belo Horizonte na noite de domingo (19/05).
A atitude da companhia teve por objetivo somente, e tão somente, seguir um
procedimento que visa à segurança de voo e cumprir com a legislação vigente.
*** Cumprir com a legislação vigente?
Se a própria ANAC diz que o número de pessoas com
deficiência ou que precisam de algum auxílio não pode ser limitado, com base em
uma lei...... Tá bom.... Segue o texto.
***.
Tal procedimento está em linha com a Resolução nº 9/2007 da
Anac, a qual prevê que o número de passageiros sem capacidade de se locomover
sozinhos e que estejam desacompanhados não pode exceder 50% do número de
comissários a bordo. A Resolução visa à segurança dos clientes em caso de
evacuação, sendo aplicável às pessoas com deficiência visual, uma vez que todo
procedimento é realizado por meio de sinais luminosos. Logo, para preservar a
segurança, é necessário o acompanhamento de um comissário para auxiliá-las na
eventualidade citada.
*** ahahahahah. Então o erro não é a sinalização ser apenas
visual e sim os cegos viajarem em grupo para algum lugar?
Ridículo isso.
***
Dessa forma, considerando que os clientes em questão não
haviam se identificado como deficientes visuais no momento da compra – sendo
este fato apenas constatado apenas no embarque – a Azul, em cumprimento da
legislação aeronáutica, embarcou apenas um dos quatro Clientes que estavam
previstos para o voo 4273 do último domingo (19/05) – com origem em Ribeirão
Preto e destino Belo Horizonte-Confins – uma vez que a aeronave continha
dois comissários.
*** O pessoal da Azul andou matando as aulas de Matemática.
Se pela legislação o número de pessoas não pode exceder à
50% da tripulação e haviam 2 comissários, então nesse caso deveria haver o
embarque de 2 cegos, para que pudesse então, cumprindo a legislação vigente,
não ultrapassar o valor estabelecido.
***.
Por ter tido ciência da condição dos clientes pouco antes do
embarque, a companhia não teve tempo hábil para providenciar comissários extras
para acompanhar a todos, tendo que optar por reacomodar três deles em um hotel
da cidade e remarcar suas viagens para o dia seguinte (20/05), sem quaisquer
custos, em voos consecutivos. Em todo momento, a Azul prestou auxílio e buscou
deixá-los o mais confortável possível, seguindo a Resolução nº 141 da Anac.
*** Nossa! Que conforto! 40 minutos aguardando um embarque
que devia estar sendo chamado o tempo todo, sem saberem o que acontecia.
Melhor que isso, só embarcando pendurado na asa da aeronave.
***.
A Azul esclarece ainda que, os clientes envolvidos no caso,
não viajaram juntos com a empresa no mesmo voo no que se refere à etapa
anterior (Belo Horizonte – Ribeirão Preto). A companhia transportou apenas um
dos quatro citados no dia 17/05 no voo que fez o trecho Belo Horizonte –
Campinas – Ribeirão Preto. Portanto, de acordo com a norma.
Diante dessa situação, a Azul está tomando as medidas
necessárias para que o procedimento em questão fique mais claro em seus canais
de venda, de modo a atender seus clientes da melhor maneira possível, por meio
de um serviço personalizado, com qualidade e principalmente segurança.
*** Gente. Isso é o cúmulo!
Esse trecho é inacreditável.
A empresa deixa bem claro que o procedimento é esse e o
máximo que se dispõe a fazer e deixar tamanho absurdo mais claro nos canais de
atendimento.
Eu só tenho algumas perguntas:
1.
Será que a azul se preocupou pelo menos em embarca-los
em horários de forma a não prejudica-los, caso tivessem algum compromisso
profissional no dia seguinte?
Será que, conseguiram cumprir sua jornada de trabalho
normalmente?
Ou será que a Azul Linhas aéreas partiu do princípio de que
por serem cegos, são desocupados e ela poderia embarcar no horário em que bem
entendesse?
2.
Se um casal de cegos está viajando em lua de
mel, caso só haja 2 comissários, terão que fazer sua tão sonhada viagem em voos
separados?
Ah tá. Provavelmente a cabeça deles é igual àquela parte da
sociedade que acha: Cego não casa, não transa, não trabalha.....
Simplesmente, lamentável.
4 comentários:
Essa da Azul foi terrível!!!! Agora sobrou um tempinho para ler outros posts do seu blog. Legal demais!!!! Sou a Adriana namorada do seu amigo Daniel. Nos conhecemos no almoço de aniversário dele. Já tinha gostado do seu blog. Depois que te conheci, virei fã de vez! O que acha de me dar uma 'entrevista'. Escrevo lá na Saci e sua história é muito legal. A forma como escreve é muito gostosa de ler e fica divertidíssima. Bj, Adriana Lage
Essa da Azul foi terrível!!!! Agora sobrou um tempinho para ler outros posts do seu blog. Legal demais!!!! Sou a Adriana namorada do seu amigo Daniel. Nos conhecemos no almoço de aniversário dele. Já tinha gostado do seu blog. Depois que te conheci, virei fã de vez! O que acha de me dar uma 'entrevista'. Escrevo lá na Saci e sua história é muito legal. A forma como escreve é muito gostosa de ler e fica divertidíssima. Bj, Adriana Lage. PS: depois vc me dá algum email de contato?
Olá Adriana!
Também adorei te conhecer.
Topo dar a entrevista sim.
Qualquer coisa me escreva.
andre.carioca@gmail.com
Olá, André. Estava pesquisando sobre a repercussão deste caso e vim parar aqui no seu blog. Gostei muito das suas narrativas! Continue a nos brindar com seus textos, que são uma delícia de ler! Já pensou em escrever um livro?
A propósito, eu sou o advogado dos passageiros que sofreram este constrangimento perante a Azul Linhas Aéreas. Entramos com quatro ações na justiça de MG e já obtivemos duas vitórias. Uma terceira já houve decisão favorável em primeira instância e aguarda o julgamento do recurso pelo Tribunal, e outro aguardamos a prolação da sentença.
Se tiver interesse, posso disponibilizar por e-mail as sentenças e o acórdão, para você ler! Abraços.
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