Faaaaaaaaaaaaala galera!
Sexta-feira, Carnaval bem em cima da hora e eu.... ainda sem
planos, sem ideia do que fazer.... Já tinha até pesquisado alguns blocos e
filmes que passariam no cinema para o caso de eu ficar.
Eis que, recebo um SMS de um amigo perguntando o que eu ia
fazer no Carnaval, seguido da pergunta:
Vamos para Joanópolis?
Olha. Nem tinha ideia de onde ficava isso, mas respondi:
vamos.
Oh. É um casal de amigos responsável por 99% das viagens que
tenho postado ultimamente aqui.
Jamais me chamariam para uma furada. Aí, topei na hora! Rs.
Só então fui pesquisar no Google onde ficava Joanópolis. Nem
fazia ideia.
Saio do trabalho, sem saber ainda que horas iríamos.
Resolvi tomar uma com um amigo do trabalho.
Nisso, resolvemos ligar para um camarada muito legal. Ele
trabalhou com a gente até pouco tempo atrás.
Eu já pensando em arrumar minha mala, com a chegada dele, adiei
o processo.
Recebo uma ligação informando: Vamos sair depois das 22.
Resultado: Entre um copo e outro, 22 horas eu cheguei em
casa para catar minhas coisas e jogar dentro da mala. É bem por aí. Joguei as
coisas necessárias.... bom.... Vou trocar o necessárias por necessárias que eu
conseguia lembrar........ É mais justo...... Rs.
Quando termino de arrumar a mala... Bom..... desde quando
aquilo poderia ser chamado de arrumar...... Toca meu telefone....
Meu amigo avisando que estavam atrasados. Ufaaaaaaa!
Ainda bem!
Como sou um cara prevenido, se não fosse o atraso também
deles, já tinha a desculpa pronta. Esta seria: Vocês só falaram depois das
22:00. Não especificaram quanto tempo depois. Kkkkkkkkkkkk.
Finalmente, pé na estrada.
Não sei por qual motivo, dormi a viagem inteira... disseram
que até ronquei. Por que será? Rs.
Chegando lá, começamos a beber. Afinal, era necessário
comemorar o fato da viagem ter corrido sem problemas.... Nada mais justo.
Sábado pela manhã. Jogo de Futebol.
O dono da casa tem um time de futebol e fomos lá prestigiar.
Acho que me enganaram. Quando eu cheguei, rolava um jogo e
depois me disseram o resultado. 8 x 1. No entanto, eu não vi um gol sequer. Kkkkkkkkk.
Tem coisa errada aí... Vai saber?
Quando cheguei, me ofereci para apitar o jogo. Eu disse:
“Se quiserem eu apito. Mas... Olha... Depois não digam que
não avisei. Sou rigoroso. Toda falta que eu ver, vou apitar!” kkkkkkkkkkkkkk.
Acho que não quiseram arriscar. Rs.
E foi um ótimo dia.
A galera da casa, além de já ter me recebido super bem, já
interagiam, como desde o início, da melhor forma.
Já estavam tão cientes de como eu sou que, até a criancinha
já queria colocar um cobertor rosa em cima de mim enquanto eu dormia,
aproveitando que eu não iria ver. Kkkkkkkkkkk.
Pra vocês verem como já estava o esquema. Até a criança. Kkkkkkk.
Depois daquele cochilo, vamos para o Carnaval da cidade.
Bebemos, comemos, voltamos, bebemos e o papo foi até 6 da
manhã. Rs.
Chega o domingão.
Churrasco rolando e, dentro de alguns instantes, meu cabelo
já estava colorido.
Exato. Tacaram tinta de 3 cores..... rsrsrsrs. Pelo que eu
sei, até rosa tinha ali no meio. Kkkkk.
Mais tarde, começa a guerra de confete.
De repente um dos amigos lá presente fala:
“André, tá cheio de confete em cima de você.
Em mim? Onde? Tem não. Aí tacaram e ele respondeu: Como não.
KKKKK.”
Beleza. Rs.
Catei um pouco de confete e o chamei pelo nome.
Ele me respondeu, mas evitou chegar perto.... É......
detalhes fazem mesmo a diferença. Até mesmo o esquecimento deles. Pois é
gente.... Nem tudo é perfeito.
Ele se esqueceu que a única coisa necessária para mim
naquele momento era ouvir a voz........ chegar perto era totalmente
indispensável. Kkkkkkkkkkkkkkkk.
Pela reação dele, garanto uma coisa: Não errei. Kkkkkkkk.
No meio da festa, alguém dá a ideia de baixar marchinhas de
Carnaval.
Até baixamos algo com mais de 200, mas algumas eram dos anos
20 e 30. Não conhecíamos. Nem tudo é perfeito.
Segunda chegou e fomos num restaurante. Lá, havia uma tal
comida do lobisomem.
Ei. Olha lá. Nem vão começar com papinho de que eu levei uma
comida do lobisomem no Carnaval. Podem parar. Se bem que tem uma
foto............ bom........ Não entraremos em detalhes. Kkkkkkk.
Fomos lá e na volta.... Tudo bem.... Entraremos em
detalhes... Não é justo eu zoar todo mundo e ocultar o fato utilizado até hoje,
inclusive pela galera do trabalho, pra me zoar. Afinal, está no meu Facebook.
Tem um lobisomem na cidade, na porta de uma cachaçaria.
Carnaval e lá vou eu...... Aí tiram uma foto minha abraçado
com o tal lobisomem como se estivesse no colo dele... É..... Em fim.... Era
Carnaval! É. Não dá pra por culpa na cachaça, na cerveja, nem no não
lembrar..... Então..... Mas, voltando à postagem,.... kkkkkkkkkkkkk.
Já que todo mundo me zoou mesmo o jeito foi falar que o
lobisomem é ingrato... Muito frio... Bom. Afinal era um boneco né? Kkk. Aí eu
disse:
“Esse lobisomem é muito ingrato! Não deixou telefone,
Endereço.........” kkkkk.
Voltamos e fomos descansar para o Carnaval à noite.
Olha gente...... A cena provavelmente eleita como a mais
engraçada.
Quase fim de Carnaval, o DJ já havia parado de tocar.
Antes de sairmos, resolvi comer um lanche.
Enquanto me alimentava, duas meninas começaram a discutir.
Aquela troca de palavras gentis onde inclusive as mães de
ambas foram lembradas, gente tentando provavelmente separar, em fim....
De repente, começo a tossir, espirrar, sem entender o
porquê.
Aí penso eu: Po.... Já to na metade do lanche e não
encontrei pimenta até agora!
Aí, reparo que meus amigos também começaram a espirrar...
Rs.
Fiquei então sabendo. Alguém, muito provavelmente um guarda,
jogou spray de pimenta para espantar o tumulto e olha... Funcionou. Não ficou
um. Nem a gente, inclusive. Kkkkkkkkkkkk.
Saímos de lá e fomos para um bar.... Rs. Afinal, a
saideira.....
E na terça, como tudo que é bom dura pouco, retornamos.
Logicamente, não poderia jamais terminar esse post de uma
forma que não fosse agradecendo.
Primeiro, aos dois casais de amigos que me proporcionaram a
possibilidade dessa viagem.
Valeu mesmo, gente. Valeu o convite.
Segundo, à galera da casa, pela hospitalidade e por tudo de
bom... Foram ótimos momentos. E a ambos por me aturarem todos esses dias. Kkk.
Gente. Tenho grande admiração pelo interior desse país.
Por todas as cidades interioranas que passei fui sempre bem
recebido, me senti bem. O povo do interior é show.
Vou inclusive citar uma coisa muito interessante:
Sinto no povo do interior, não só a hospitalidade como a
mente aberta.
Nesta viagem mesmo. Além das pessoas ali na casa, conheci
outras. No campo de futebol, amigos do pessoal e assim é em todas as cidades as
quais visito.
Em Pelotas, quando fui, além de bem recebido pela galera do
hotel, também o fui nas baladas, etc.
Isso me faz chegar a uma conclusão muito feliz:
O povo do interior tem muito mais facilidade de tratar uma
pessoa cega como ela realmente é.... Pessoa normal.
É interessante isso.
Já fui em cidades tão pequenas nas quais a falta de informação
seria facilmente justificada. Em contra partida, eles sempre estão abertos a recebê-la.
Posso dizer, sem medo de errar, que é muito mais fácil
alguém com algum tipo de deficiência sofrer preconceito na capital do que no
interior.
Calma... Pera aí. Eu não estou generalizando. Não quero
dizer com isso que na capital não tenha também gente com mente aberta.
Mass é muito mais comum numa capital pessoas se acharem
conhecedoras, terem um monte de preconceitos na mente e, apesar de toda a
disponibilidade da informação, não querer adquiri-la.
É aquela coisa fechada: Olha, já tira suas conclusões e fica
com elas.
O povo do interior já permite primeiro conhecer, para depois
concluir.
Não tenho números que comprovem essa minha afirmação.
Afinal, foi uma pesquisa feita às cegas. Kkkkkkk.
Mas é isso.
Vou dar um exemplo:
Tenho sim amigos em São Paulo, que me tratam sempre por
igual.
Recentemente, olha o que passei durante a tentativa de
entrar na academia.
Vejam bem! Pessoas teoricamente estudadas, que deveriam não
sofrer de desinformação crônica, não permitiram minha entrada na academia pelo
fato de ser cego.
E o agravante:
Não houve sequer a possibilidade da tentativa.
Existem duas situações diferentes. A primeira, bastante
comum.
Não sei como lidar, não sei como fazer, mas vamos ver e
vamos aprendendo.
A segunda é: Não tem como, justamente pelo fato de não saber
o que fazer e nem ter a vontade ou pretensão de aprender.
Já meu amigo, lá no Rio, não teve esse problema numa
academia de menor porte, em um bairro afastado, onde teoricamente a
desinformação é muito maior.
Começo a crer com isso, que a simplicidade ajuda a incluir.
Falo para alguns cegos que nunca tiveram a experiência de
viajar para o interior.
É. Nem todo mundo é André.
Tem gente que para ir a um lugar desconhecido fica com
receio. Até mesmo a um restaurante ou bar novo que abra perto de casa. Ficam
preocupados de como será a reação, como vão atender, se vão saber lidar e se
não souberem, como vai ser.....
Eu já sou bem cara de pau... Vou e não to nem aí. Se for em
estabelecimento, caso não goste do atendimento, não volto e pronto.... Simples
assim. Kkkkk.
Mas falo o seguinte: Se existe receio de viajar para o
interior por conta disso, vai de boa.
Pode ser que no início te olhem estranho,... ah... mas tu
não vai ver mesmo! Kkkk. Fiquem com um certo receio, sem saber o que fazer,
principalmente em hotéis e pousadas. Mas, te atender da melhor forma, em mais
de 90% das vezes, vão.
Lógico. Uma orientaçãozinha daqui, outra dali e logo, caso
passe essa imagem, terá o tratamento de uma pessoa normal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário