Faaaaaaaaaaaaala galera!
Hoje sexta-feira e estou eu, me preparando para uma viagem
ao Rio amanhã. Isso... Aquela mesma saga que contei no blog essa semana.
E comentando com meu amigo cego velho e gordo, inclusive sobre
a festa à fantasia a qual vou, ele me
perguntou se já preparei minha fantasia de baiana gorda. Kkkkkkkkk.
É...... ele diminuiu o placar. Agora 2 x 1 pra mim......
Acho que ele tá buscando o empate. Kkkkkkk.
Gente. Já contei aqui que algumas pessoas tendem a
infantilizar o cego.
Aquela história de
achar que temos deficiência mental, ou que somos como crianças. Vira e mexe
passamos por isso.
Ontem aconteceu algo engraçado. Juro.... Tive de segurar
muito para não rir.
Fui a um rodízio de comida japonesa. Uma pessoa bastante
atenciosa veio me atender. Não a conhecia. Era a primeira vez. Nunca a tinha
visto por lá... Tudo bem.... Nunca vi ninguém por lá.... Isso é fato. Kkkk.
Mas em fim:
Acho até que foi o
primeiro atendimento a um cego que ela realizou.
Normal. Vamos orientando conforme necessário.
Estava eu tomando minha Heineken estupidamente gelada,
quando ela trouxe meu Temaki.
Pedi a
ela que colocasse nele um pouco de shoyo pra mim.
Bom. Sinceramente é algo que eu evito desde uma ocasião na
qual tentei fazer e criei uma autêntica chuva de shoyo. Transbordou o pote de
shoyo e eu prometi evitar ao máximo mexer naquele vidrinho. Kkkkkk. Mas, é errando
que se aprende.... Inclusive se aprende que é melhor evitar fazer. Kkkk.
Ela fez e perguntou se eu queria um guardanapo.
Sim... Lógico. Afinal todo mundo usa guardanapo. Achei até
legal ela perguntar, porque muitos garçons tiram sei lá de onde que cego não
usa guardanapo e não mostram onde está....
Aceitei. Penso eu na seguinte situação.
A garçonete trará o guardanapo, colocará aqui ao lado e aí e
usarei quando for preciso.... Pois bem.
Estou sentado na mesa tranquilamente, eis que de repente,
sinto ela colocando o guardanapo na minha roupa como se fosse um babador! Kkkkkkkkkkkkk.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Kkkkkk.
Rindo, expliquei delicadamente a função para a qual
precisaria do guardanapo.
Chega meu combinado.
Pedi guardanapo, pois ela só havia trazido aquele cujo tentou
fazer de babador.
Ela pega mais um e traz.
Aí eu perguntei:
Não seria mais fácil deixar o guardanapo aqui perto e aí eu
vou usando quando necessário? Ela: ah, sim.
Eu só queria ver se o estabelecimento estivesse lotado, como
ela faria para pegar os guardanapos um por um e atender às outras mesas. Kkkkkk.
Aí vem a saga colocar shoyo no pote.
Pedi: Poderia colocar um pouco de shoyo pra mim? Rapidamente
lembrei e completei: No pote....
Sim.... Vai que ela resolve colocar por cima das peças e aí
ficaria escorregadio e impossível usar o hashi. Rsrsrs.
Muitas pessoas em estabelecimentos não tem noção de como
atender a um cego, assim como, muitos na rua não sabem como nos ajudar. No
entanto, se não estivermos dispostos a irmos nos estabelecimentos, mesmo
sabendo que correremos esse risco ou, orientar na rua quem tenta auxiliar,
nunca aprenderão.
Certamente, a garçonete em questão, ao atender outro cego,
ou até mesmo eu, já não tomará algumas atitudes, como a do babador. Kkkk.
Mas é isso. Se nos encaram como crianças, ninguém a não ser
nós mesmos, poderá mudar este conceito.
Porém devemos agir sempre
com delicadeza, educação e paciência.
Agir com indelicadeza nessas situações, além de não
transmitir o recado, só reforça uma outra imagem negativa associada aos cegos.
A de revoltados.
Por que estou postando essa situação aqui? Porque foi
engraçada? Também rs. Mas não é o motivo principal. Outros garçons que, assim
como a
garçonete em questão nunca atenderam a um cego, ao ler, quando
passarem pela situação, certamente não oferecerá um babador.... kkk. Sim...
Deixa eu falar sério. Troque o não oferecerá um babador, por: Certamente terá
alguma noção de como atender e, no dia que atender o primeiro, lembrará da postagem
e das risadas as quais provavelmente deu com a situação. Afinal, é repassando
que se divulga informação.
Já devem ter reparado. Nunca cito nomes nas minhas
postagens. Lógico!
O motivo das mesmas é apenas orientar. Nunca jamais será, expor
as pessoas envolvidas, nem fazê-las virar motivo de deboche.
Mesmo porque compreendo bem os motivos e ela, apesar da desinformação,
atendeu muito bem.
Pelos mesmos motivos acima, também não citarei o local onde
ocorreu, de acordo com a postura sempre adotada aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário