O que você acha da minha ideia de indicar algum som que curto em cada postagem do Cotidiano Cego?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lei de Murphy parte II

Faaaaaaaaala galera!

É.... tem dia que de noite é assim....

Hoje já começou. E olha que estamos nas primeiras horas!

Primeiramente. Levanto, tomo meu banho para vir trabalhar.

Estou eu, quase no final porém ainda todo ensaboado eis que....

Acaba a água!

Exatamente. To sem água em casa nesse momento e só espero que tenha voltado até eu retornar.

Certo.

Saio, tomo meu café e vou para o metrô, que felizmente não entrou em greve hoje como se falava muito ontem.

Desço na estação República como sempre...

Vem um cego sem noção atrás de mim e quase enfia a bengala entre minhas pernas.

Fiquei P da vida porque o cego não podia ter saído daquele jeito e reclamei: Além de cego é sem noção com essa merda de bengala!

O jovem cidadão que tava indo buscar o cego achou que eu tava xingando ele. Mas na verdade eu tava era xingando o cego!

Ei você que é cego, ou que ficou cego, presta atenção numa coisa:

Antes de você pegar uma bengala e sair pela rua, aprende a usar essa merda pelo amor de Deus!

Tá se você não tem um curso de orientação e mobilidade perto da sua casa, pelo menos quando você começar a se virar mais ou menos bem, procura fazer um, porque é importante. eu mesmo aprendi algumas técnicas legais.

Mas gente é sério!

Assim como você tem gente na rua dirigindo sem ter a mínima condição, tem cego usando bengala sem a mínima noção. Estabanados, atropelando todos que estão pela frente e andando de forma não só pondo em risco as outras pessoas, como a eles mesmos.

Quer ver uma coisa simples?

Outro dia eu estava andando para o metrô e um cego no sentido contrário.

O bom senso e tudo que aprendemos dizia que eu deveria sair.... pois a a parede estava à minha esquerda e a mão correta é a direita..

se ele vinha no meu sentido contrário, logo a parede estando à direita dele, eu deveria sair e deixar com que ele seguisse na sua própria mão..

Exatamente. A gente tem organização de trânsito também rs.

Então assim fiz.

Ouvi a bengala dele, dei os 3 toques de alerta que mostram que tem outro cego, saí e dei o toque com a bengala, pra indicar que a mão dele que é a certa já tava livre pra ele seguir.

O cego sem noção, joga pra esquerda, totalmente fora da mão e vem pra cima de mim......

Eu acho que aquele além de cego tinha algum outro problema. Ou era surdo, já que não ouviu minha bengala, ou era realmente sem noção, ou não tem senso de direção.

Tentei conversar com ele. Só que ele era super ignorante ao ponto de eu jurar que se eu ouvir que é aquele cego que está vindo no sentido contrário meu e pela contramão que eu vou deixar bater!

Quem sabe depois que ele bater contra 1,78 de altura e 110 quilos ele se interessa em aprender a nãoa ndar na contramão!

Então gente. É um papel educativo que estou me propondo a fazer. rsrsrsrsrsrsrs.

Então para finalizar, estava eu acompanhado de um jovem cidadão do metrô.

Andando, logicamente em um ritmo rápido. Primeiro que eu não sei andar devagar. segundo que estava vindo trabalhar.

Até que alguém chama o funcionário do metrô. Eu achando que iam pedir informação:

O funcionário olha até que a moça fala: Anda mais devagar com ele! Você tá indo muito rápido! Eu: Não... Só me faltava essa!

Eu precisando chegar rápido no trabalho e param o funcionário que me levava pro ponto de ônibus pra isso!

Ele: Senhora, ele tá indo trabalhar. Até que eu disse: Cara, continua no teu ritmo. Não para pra argumentar porque é pior e vai me prejudicar.

EIta gente, deixa o cego andar, caramba!

a moça, evidente ficou P da vida comigo porque ela estava me ajudando e eu ainda falando pro cara ir rápido;

Gente.... Mas vamos lá.... Não vou dizer agora que ela estava me atrapalhando. ela estava me ajudando...... Me ajudando a chegar atrasado no trabalho, ué!. kkkkkkkkkkkkkkk.

Por enquanto é isso. Termino esse post esperando que nada mais dê errado!

2 comentários:

Lu disse...

É Carioca, Tem dia, que é flórida!!!!Beijinhos.

André Baldo disse...

Fala xará! Saiu ensaboado de casa, foi? Queria ouvir o comentário do funcionário do metrô sentindo uma mão ensaboada segurando-lhe o braço!