O que você acha da minha ideia de indicar algum som que curto em cada postagem do Cotidiano Cego?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Esporte inclusivo

Faaaaaaaaala galera!

Ontem, quando parei numa lanchonete para o café, rumo ao trabalho, assisti a uma reportagem muito interessante na TV do estabelecimento.

Ela se referia à polonesa Natalia Partyka.

aí você pergunta: Quem e´essa mulher.

Essa mulher estava disputando tênis de mesa nas paralimpíadas.

E aí?

E aí que ela, apesar de não ter parte do braço direito, também disputou as olimpíadas de Londres esse ano e, ao passar da primeira rodada, surpreendeu a muitos.

Passei a admirar Natalia Partyka, atleta a qual nunca ouvi falar por um simples motivo:

O insentivo ao esporte inclusivo.

Disputou as Paralimpíadas, mas também, sua habilidade proporcionou uma disputa, até mesmo com uma vitória, nas olimpíadas.

Só ouvi falar de caso semelhante há muitos anos, num programa do canal AXN sobre um cego que disputou uma competição de Judô, contra pessoas que enxergam normalmente e chegou em terceiro lugar. Isso nos Estados Unidos.

Isso me faz pensar:

Até onde o esporte precisa ser exclusivo como é hoje?

Lógico. O futebol, por exemplo, ficaria desleal se não separassem os cegos das pessoas que enxergam.

Agora: O Judô.... Qual seria a desvantagem de um cego contra alguém que enxerga visto que é uma luta corporal onde há contato físico o tempo todo?

Alguém já ouviu falar de um cego que tenha participado de um campeonato de Xadrez comum?

será que, com as peças adaptadas utilizadas no Xadrez para cegos não seria possível que um cara, mesmo sem ver, pudesse jogar contra alguém vendo, já que o esporte só requer raciocínio e estratégia?

Sei inclusive de cegos que jogam Xadrez online e, em alguns casos a pessoas do outro lado nem sabem que estão jogando contra um cego...... só ficam sabendo quando rola chat... Eu sou um dos que joga. kkkk.

E por que raios se fica nessa de campeonato de Xadrez para cegos, campeonato de Judô para cegos, campeonato de Natação para cegos....... po.

Daqui há pouco vão querer criar um campeonato de olhe-se no espelho para cegos. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

Ou então vão querer criar um concurso de Miss cega. kkkk.
Oh, mas pera aí.... Os jurados também serão cegos?

Ah... Então eu quero ir lá ver as candidatas. kkkkkkk.

Que isso sirva para que os professores de Educação física vejam, no caso de turmas inclusivas, onde realmente é necessário excluir o camarada com alguma deficiência da atividade ou, separá-los em outros grupos.

Porque infelizmente é o que vem acontecendo.

Notem.

Ou o camarada é excluído da aula ou é separado em outra turma, coisa que na minha época de escola criei polêmica por não aceitar.

De certo que talvez não pudesse exercer algumas atividades. Jogar vôlei seria uma dessas. Não tem bola que faça barulho no ar.. kkkkkkk.

Mas, atividades que tenham a ver com corrida, exercício eram possíveis. E ainda são.

É imprescindível, se queremos inclusão na educação, não excluir a Educação Física e prática de esportes, pois o fato do cidadão ser cego, cadeirante, ou seja lá o que for, não tira a necessidade da saúde física.

Exercício é bom. Pra todo mundo.

Então.... Vão pelo que eu digo e não pelo que eu faço.

Eu deveria tomar vergonha na cara e entrar na academia pela minha saúde física, mas..... Preguiça, preguiça e preguiça... Mas..... Bom..... rs..

Dado o recado.

3 comentários:

Alexandre disse...

Fala André,

Concordo plenamente que esportes deveriam ser inclusivos por si só, afinal este pé é o objetivo, além da saúd, fornecer uma maior ineração entre as pessoas
Mas existem algumas pequenas daptações que precisam ser feitas, por exemplo no xadrez, dominó onde o adversário, juiz ou seja la quem for tem de ditar a jogada para gente, senão fica dificil. No computador o Jaws e o NVDA fazem isso pela por nós.
Mas acho legal essa imersão. A seleção brasileira de futebol de salão de cegos uma vez jogou contra um time de verdade com os caras vendados, e foi uma lavada.
Isso fez com que os jogadores entendesem um pouco mais nosso mundo e dessem ainda mais valor a seus companheiros da seleção.
A unica coisa quen ão conseguimos adimitir são os juizes e bandeirinhas cegos, principalmentequando não veem um empedimento ou falta contra nosso time.

Abraços

Roberta disse...

Oi André! Achei interessante esse ponto de vista, nunca parei pra pensar nisso.
Mas vim aqui pra fazer uma pergunta que foge do tema do post.
Como vc faz pra saber o prazo de validade de algum item?

André Carioca disse...

Roberta. Isso eu realmente não havia pensado ainda.

Acabo confiando mesmo é no funcionário do mercado que me ajuda nas compras, ou vendedores do produto.

A única coisa é que eu fujo de ofertas mirabolantes.

Sempre que algum produto está com o preço muito abaixo do normal, pode crer que o prazo de validade está próximo do vencimento.

Na dúvida, prefiro não comprar.