O que você acha da minha ideia de indicar algum som que curto em cada postagem do Cotidiano Cego?

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SUPERAÇÃO VIRTUAL

Faaaaaaaaaaaaaaaaala Galera!

 

Tri campeão da Copa Do brasil!

 

É a primeira coisa que tenho pra falar hoje no blog.

 

Estamos na Libertadores ano que vem.

 

Chuuuuupa Corinthians! Vocês nem sequer vão.

 

Chuuuupa vasco! Vocês vão pra segundona. Pelo menos estarei torcendo para isso.

 

É isso aí. Parabéns mengão.

 

Parabéns Jaime, por seu esquema tático.

 

Parabéns Brocador, Elias, André Santos e o time inteiro..... se eu citar todo mundo aqui vou ter que criar outra postagem para o assunto proposto. Rsrsrsrs.

 

Mas deixando um pouco de lado a comemoração que certamente continuará depois do trabalho, afinal, hoje é sexta, vamos à superação virtual, título da postagem.

 

Ao longo da minha vida, cada vez mais venho percebendo que, comumente, a palavra superação é associada às pessoas com alguma deficiência, principalmente pela mídia sensacionalista.

 

Isso acaba sendo algo de difícil entendimento, pelo menos para mim.

 

Quando um cadeirante, cego, surdo etc., trabalha, estuda, tem vida social, alguma independência, logo se escuta por aí: "é um exemplo de superação!"

 

Como assim? Superação?

 

Não entendi.

 

Um cadeirante, quando joga Basquete, apesar das adaptações as quais necessita para tal, o faz porque sua limitação física não é impeditiva.

 

Um cego, quando joga Futebol, a mesma coisa.

 

Quando estudamos, o fazemos porque apesar de algumas limitações físicas, nossa capacidade intelectual permite, por não ter sido afetada.

 

Quando trabalhamos, é porque, independente de deficiência, nos dedicamos a uma profissão almejada, estudamos nos utilizando mais uma vez da capacidade intelectual.

 

Quando utilizamos um computador, é porque, apesar de necessitarmos de softwares para nos auxiliar nisso, seja leitores ou ampliadores de tela, seja softwares para apoio a quem tem dificuldade motora, etc., fazemos algo totalmente possível.

 

Diante de tudo isso, uma conclusão é óbvia:

 

Somos encarados como exemplos de superação, mesmo não fazendo nada de excepcional.

 

André? Então você quer dizer que a palavra superação, nesses casos, não tem nenhum sentido?

 

Talvez tenha, se tal palavra estiver se referindo às expectativas da sociedade desinformada e por vezes preconceituosa na qual vivemos.

 

Concordo que isso sim, superamos.

 

A mídia sensacionalista, formadora de opinião, acaba fazendo com que essa frase seja ecoada pelos 4 cantos colaborando para a proliferação do preconceito, discriminação e desinformação.

 

Vou exemplificar.

 

Quando um cego aparece em uma reportagem levando uma vida normal e o mesmo é encarado por ela como exemplo de superação, reforça ainda mais a ideia errônea já embutida na sociedade de que cegueira é sinônimo de inutilidade, colocando aquele caso como isolado e aquela pessoa como fora do normal.

 

Nisso, parabenizo o programa Mais Você.

 

Não por ter sido eu o protagonista da reportagem. Rs. Mas pelo fato de terem mostrado meu cotidiano sem sensacionalismo, sem apelação, coisa que confesso, temia após ter gravado, por minha ideologia ser totalmente contrária a essas atitudes.

 

Parabéns mesmo, sem demagogia.

 

Agora vou terminar o texto, pois preciso trabalhar, para superar mais um pouquinho as expectativas da sociedade desinformada e por vezes preconceituosa.

 

Fui.


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