Cego também paga mico!

Faaaaaaaaala galera!

Esse post vai mostrar, ao contrário dos demais, não situações que são engraçadas pelas ações e reações de outras pessoas. Mas sim, micos pagos por cegos.

Isso mesmo.
Seria covardia se eu não fizesse nenhuma citação a mim mesmo nesse caso.

e é com ela que vou começar.

Final do campeonato brasileiro do ano passado.

Pensando em assistir ao jogo em um bar. vários jogos acontecendo ao mesmo tempo, Flamengo com grande chance de se tornar campeão... Legal.

Mas pensei: para eu entender o jogo eu preciso ouvir. E normalmente em bar, padaria a gritaria é tanta que vai ficar impossível.

Depois pensei, pensei;;; Tive uma grande idéia! Vou com o meu celular, coloco o fone de ouvido e assim consigo ouvir!

Legal. Me arrumei e fui para a padaria.

Pedi o primeiro chopp e pronto.

São Paulo, Palmeiras, Inter, Flamengo... Esses tinham chance.

Estou eu com o fone no ouvido e os jogos começam. Flamengo toma o primeiro gol.

eu puto da vida socando o balcão. só que não notava ainda algumas reações que estavam acontecendo.

Flamengo empata. Sem exitar, típico da minha pessoa, levanto começo a pular e gritar: gooooooooooooooooooooooooooooooool!

Silencio na padaria.

/Só depois desse silêncio é que me caiu a ficha de que talvez o jogo que eu estava ouvindo não era o mesmo que os demais estavam vendo!

quando me surgiu isso, gritei logo: Meeeeeengooooooooo! goooooooooooooool! Aí o pessoal entendeu, que o que acontecia ali, não era pelo fato de eu ser louco além de cego. e sim, pelos jogos serem diferentes! rsrsrsrs.

flamengo campeão... volto eu para casa, carros businando no meu caminho e gritando tb, e eu cantando em alto e bom som o hino do flamengo da padaria até em casa. Uns 10 minutos. É... alto sim... Bom não posso garantir... Minha voz já estava alterada porque eu já estava alterado. só nos momentos que precisava atravessar ruas eu ficava quieto... Sei lá.... Vai que o pessoal vê a sena e sai correndo!

Agora vou falar sobre um amigo.

Fomos convidados para almoçar na casa de uma amiga.

Sentados à mesa ele com o celular e pede: alguém pode tirar uma foto nossa à mesa\?

Uma de nossas amigas que enxerga fez isso.

Ele tenta se ajeitar para a foto. Levanta-se, derruba algo que estava na mureta atrás da mesa.... Nossa! o que eu derrubei? Foi a planta? O pessoal que enxerga respondeu em coro. Não... Foi a Lasanha!... isso gente... Exatamente a lasanha que a gente ia almoçar. rsrsrsrsrs.

Agora vou terminar com uma conversa de bar.

3 cegos batendo papo e bebendo.

Esse mesmo amigo da lasanha, que vinha do rio comenta:

André... O trânsito estava terrível! Sabe aquela ponte da casa amarela quea gente pega indo pra tua casa? Tava toda parada... daí eu pergunto:

Não seria Ponte da casa Verde?

Ele responde: É tudo casa. Até que o outro amigo solta:

Putz! O desgraçado além de cego, é daltônico! kkkkkkkkkkkk A gente não aguentou.

Gente, no próximo post tem mais.

Viajando na maionese

Faaaaaaaaala galera!

Acho que esse título é bem adequado, pois vou tentar mostrar um pouquinho da realidade e as várias reações que as tentativas de mostrar o cotidiano de um cego podem causar.

Vocês devem se lembrar da novela américa. Nela Havia o personagem Jatobá, interpretado se não me engano pelo Marcos Frota.
A, se eu errei a novela ou o autor, me desculpem Eu pra novela sou uma negação, já que não acompanho nenhuma.

Em fim. Na época que essa novela passava, minha mãe conheceu uma pessoa. Advirto que esse fato que vou contar, nem quem a escreveu esperava ou espera ser possível.

Então minha mãe comentou sobre mim.

Meu filho não enxerga, é técnico em Informática e no momento ele está viajando. Pois é, ele sai, viaja.

Eis que a senhora pergunta: Ah! Então tudo aquilo que mostra na novela com o Jatobá é verdade mesmo?

Outro fato engraçado.

Vocês lembram quando Geraldo Magela, começou a fazer parte da Escolinha do Barulho?

Tem tempo.

Eu achei uma sacada muito legal, pois temos que concordar que as pessoas começaram a ter mais noção de como nos ajudar e como proceder, vendo o Magela na televisão.
Não que já não tenha o que melhorar. Meu blog mesmo mostra o contrário ou pelo menos tenta. rs. Mas existe uma diferença entre o pré e o pós magela.

Lógico, houve a polêmica. Eu penso dessa forma. Mas também existem os cegos que não gostavam e não gostam dele, por achar palhaçada o que ele fazia ou faz e tal. Mas em fim. Assim como existem os que não gostam dele, tem os que não gostam de mim e se nem Jesus cristo conseguiu agradar a todos, não seremos nós que o faremos.

Mas voltando ao foco.

Certa vez estava assistindo ao programa. Ele apareceu. dei muitas gargalhadas pois eu me via (ué mas cego vê? rs.) várias vezes nas histórias que ele contava.

Quando o quadro terminou, minha avó que estava na sala pergunta: Ué, mas ele não é cego de verdade, é? sim, vó. Ele é.

Antes de contar a terceira história eu vou fazer uma pausa, voltando à frase que eu escrevi anteriormente.

Vocês lembram que escrevi: "Me vi várias vezes nas histórias que ele contava". Voltei a essa frase justamente para mostrar que não se deve utilizar substituição de termos para as pessoas com alguma deficiência, seja qual for.

Então, perguntas como você viu o que aconteceu? Você assistiu ao filme ontem, devem ser feitas com naturalidade, sem constrangimento, mesmo para um cego.

Isso se aplica, até mesmo, à termos como: Amanhã a gente se vê. claro que se essa afirmação for feita pra mim eu vou tirar um barato perguntando: Ah! Então amanhã acontecerá um milagre? Ou: quanto a você me ver eu acredito, agora eu te ver... kkkkkkkkkkkk.

Certa vez uma amiga também cega usou um termo desses e eu respondi. meio que nesse estilo. Não vi, sou cego. kkkkk.

Aí ela joga a frase: Não se deve substituir termos para pessoas com deficiência. eu disse: Concordo. Mas existe uma regra que está sempre acima dessa. deve-se, sempre que possível, sacanear a pessoa que está sentada na mesma mesa que a gente, mesmo que seja pela não substituição de termos. kkkkkkkkkk.

Agora, dada a explicação pretendida, vamos finalmente à última história prometida.

Perguntei no MSN para uma amiga:

Você já visitou meu blog?

Sim. Muito criativo...

Gente, isso é justamente o que meu blog não tem. criatividade. Não precisa. Tudo que eu conto aqui acontece mesmo! kkkkkkk

acabo de lembrar de mais uma história. Um amigo tinha um site. Ele se dedicava pra caramba em montar, atualizar. ele mesmo fazia o próprio site. Precisava de algumas ajudas no que diz respeito à questão visual, saber se estava da forma que ele queria e também, depoimentos de pessoas.

Se quiserem poderão conhecer em:

www.bengalalegal.com

Certa vez ele me contou que colocou no site um agradecimento às pessoas que o ajudam a manter o site. Lógico. Através de depoimentos, troca de experiências.

Dias depois, uma visitante assina o livro de visitas dizendo algo como: Diga a sua mulher que ela está de parabéns. O site está maravilhoso!

é... depois dessa, melhor parar por aqui, né?

Cegueira não tira individualidade

Faaaaaaaaala galera!

Em primeiro lugar, agradeço aqui à todos os amigos que sempre dão apoio ao blog, visitando, comentando e aqueles que nos encaram como pessoas normais.

Alguns chegam até ao ponto de copiar algumas características.

Tenho uma amiga que está tão interada em saber como é o cotidiano do cego, que já começou a não ver a padaria da rua barra Funda quando está dirigindo e agora, no último domingo, confundiu um boteco de esquina com a padaria.

A mas pelo menos ela ainda está vendo o trânsito. Isso é legal.

Alias, farei uma campanha para que consigamos achar um GPS para ela. calma. Mas não poderá ser simples. Tem que ser um GPs que evite que ela vire para a esquerda quando ele aponta para a direita. Já existe?

Então é assim. Eu estava falando da questão da individualidade.

Resolvi postar isso depois de falar com um jovem cidadão do Metrô que quis tirar algumas dúvidas. afinal existe o treinamento, mas existem situações práticas que o treinamento não consegue passar.

Exemplo: Corrimão em escadas.

Alguns cegos preferem usar, colocar a mão nele antes de entrar na escada rolante e tal. Eu, já prefiro não utilizar, tendo como guia ou o passo de quem está conduzindo, ou, se estiver sozinho, a bengala.comento agora 2 fatos muito interessantes:

Certa vez eu comentei com uma amiga que os lugares que favorecem mais o cego e que normalmente as pessoas procuram para morar são aqueles que tem comércio e condução perto. Normalmente isso serve como um critério bem alto na escolha.

Perto de Metrô no caso de são Paulo, ou perto de locais onde se tenha várias opções de ônibus.

Depois o comentário que eu fiz.

Eu gosto muito de morar aqui no centro de São Paulo.

Putz, eu não quero sair do centro.

Eu quero morar sempre perto de metrô e se um dia eu sair de onde eu to, com certeza será nessa região ainda do centro que eu quero morar. Não gostaria. Lugar perto de metrô é sempre bom. Mas se eu tiver que optar entre um local perto de metrô na zona Leste, ou Norte Ou Sul, eu ainda prefiro o centro.

Aí, num determinado momento eu escuto ela passando a informação para outra pessoa.

Bom, por exemplo: eu to aprendendo muita coisa: quer ver.. sabiam que o melhor lugar pra cego morar é no centro?

Putz...... Calma... Menos.... Eu, andré, prefiro o centro. Mas tem cegos que adoram a zona Leste ou outras regiões... Menos...

A outra situação foi perto da minha casa.

Existem vários caminhos para se chegar no metro. Pedi para me ajudarem numa esquina a atravessar a rua.

Virei na próxima e a pessoa me questionou: Outro dia um sego me pediu ajuda para atravessar sentido metrô mas em vez de virar aqui ele subiu reto na rua.

Sim... Ué mas como? Por aqui não é melhor?

Eu vejo sempre você e mais alguns virem por aqui... Bom.... É melhor para nós, mas talvez não pra ele.

Mas por que? Bom, eu só posso falar por mim. Por que ele acha o outro caminho melhor, só ele pode responder. Eu acho que tem menos obstáculo e tal... Mas ele pode ter motivos para preferir o outro caminho. sei lá. Ou por desconhecimento de outros, ou preferências mesmo.

Então galera, nunca se esqueçam. cegos, cadeirantes, surdos, também tem individualidade.

Cegos não são iguais

Faaaaaaaaala galera!
Hoje vou falar sobre duas coisas.

É interessante como as pessoas vêem uma certa igualdade de um cego para o outro. Não é raro, aparecer tipo 2 cegos totalmente diferentes fisicamente e alguém perguntar se são irmãos.

Sei lá...

Vou contar uma.

Sábado passado, rolou aqui em São Paulo a Reatech.

É uma feira de tecnologia voltada para pessoas com alguma deficiência. aliás o pessoal adora usar esses termos.

Deficiente, Portador de deficiência.. Preparem-se... Vem um outro termo que é o mais fresco de todos.... Portador de Necessidades especiais.

Aliás hoje mesmo pensei:

Várias vezes, quando me direciono à porta para descer do ônibus, o cobrador avisa ao motorista:

Especial descendo no próximo...

Hoje pensei.... Putz! caramba! Agora que me dei conta que quase todo dia sou chamado de pastel de feira!

Sim... Toda feira aqui em São Paulo tem a barraca de pastel e tem dentre as variedades o especial!

Pior que tem um agravante nisso né? Muita gente come o especial... Não, eu não! O pastel.... Olha como fica grave eu ser chamado de "especial todo dia"!

Gente, quando eu for na feira agora e alguém do meu lado na barraca de pastel pedir um especial, acho melhor eu sair correndo!

Ou perguntar primeiro se o cara por acaso é motorista ou cobrador de ônibus. se for é mais um motivo pra eu me preocupar... sei lá, né!

Mas tá... Voltaremos a Reatech. Lá são encontradas novidades em equipamentos que auxiliam cegos, surdos, cadeirantes etc no seu dia-a-dia.

Então, encontra-se vários por lá.

Estava eu com 2 amigos cegos do rio no metrô a fim de ir para essa feira. No metrô encontrei outras pessoas conhecidas..

Ao chegar na Sé, na transferência para o metrô Jabaquara escutamos o seguinte comentário:

Ué mas aquele grupo não acabou de sair desse metrô?

rsrsrsrs. Provavelmente algum outro grupo de cegos passou naquele momento, mas como na cabeça das pessoas todos são iguais... rs.

O pior é quando acham que outro cego faz a mesma coisa que a gente faz. Tipo: Já me perguntaram: Você é Advogado? Não, por que? É porque ontem eu encontrei um amigo seu... Ah, outro detalhe... todo cego é amigo... Ainda tem essa... você pode nem conhecer, mas as pessoas acham que vocês se conhecem e são amigos. então... É que ontem eu conheci um amigo seu e ele é advogado.

Putz...

Certa vez um amigo meu conta que, numa esquina, aparece uma pessoa e oferece ajuda para atravessar a rua.

Amigo, você quer ajuda? Sim quero. Olha, eu não ia te oferecer ajuda não. É que semana passada ofereci ajuda a um amigo seu e ele me tratou tão mal!
Ele responde: ah, não liga pra isso. É só não generalizar... semana passada, por exemplo, um amigo seu me ofereceu ajuda para atravessar e no fim tentou me assaltar... Mas nem por isso eu neguei sua ajuda.. O cara ficou furioso... Que história é essa rapaz? Amigo assaltante, eu? a não amigo desculpa... Foi mal... É que como o outro que foi grosso contigo só porque não enxerga é meu amigo, e aquele que me ofereceu ajuda também enxerga como você, achei que era seu amigo! kkkkkkkkkkkkkkkkk.

Disse que depois até o cara se tocou e riu.

Esse post termina aqui.

Logo logo eu to de volta.
Até mais!

Termos inadequados porém engraçados e perguntas que você desacredita?

Faaaaaaaaala galera!

Hoje vou citar termos inadequados, ou utilizados quando as pessoas não sabem que termo usar e acabam viajando.

além de perguntas absurdas que a gente escuta e desacredita.

Primeiro os termos.

Morava eu ainda no Rio.

Voltava para a minha casa. Estava eu sentado. Quando chegava próximo, levantei do banco que estava, me dirigi ao motorista e avisei que desceria no próximo.

Logo escuto, duas senhoras que estavam próximas a mim conversando comentarem uma com a outra: Nossa! Ele é ensinado!

Putz.... Ensinado? Para quem não conhece esse termo, ele é muito usado no Rio quando a pessoa quer dizer adestrado.... sabe, fiquei em dúvida... A que raça eu pertenço então em? Ah, sei lá.
Sem contar o nosso método de escrita... Braille. Ganha tantos nomes através das pessoas. Hebraico, Braulho... e por aí vai... Vira e meche alguém pergunta se você sabe ler em Hebraico, ou em Braulho e outros nomes os mais absurdos.

Falar em braille, vou contar algo que uma amiga me contou uma vez.

ela tinha uns folhetos em braille, ou era alguma anotação que ela fez, retirou da bolsa e começou a ler. Eis que uma mulher se aproxima e pergunta: Mas..... Por acaso essas bolinhas não embaralham seus olhos?

Ela como naquele dia tava a fim de zoar falou: Sim... É exatamente por isso que eu leio com os dedos... rs.

Essa aconteceu esses dias...

Estava eu na redondeza de onde moro. Quando viro a esquina alguém comenta algo que não escutei. só escutei a resposta da outra:

A mas ele é cara-de-pau! Ele anda por essas ruas todas aqui, de boa, na maior tranquilidade. só pede ajuda as vezes pra atravessar, mas.... Po, pera aí.... Conhecer o bairro onde mora e saber andar por ele é ser cara-de-pau? então que Deus me conserve cara-de-pau, principalmente se um dia precisar mudar de bairro. Mas ela teve uma importância interessante em me mostrar que sou um cara-de-pau. eu não sabia. rs.

E as perguntas, também seguem as mais variadas. Eis algumas que já ouvi:

eu to devendo aqui a colega e ela disse que por isso eu sou caloteiro. Por acaso eu tenho voz de caloteiro? Eu respondi: De caloteiro não. Mas de ladrão, assassino, sequestrador e terrorista sim. Meu... foi uma viagem... rs.

O Outro:

po eu quero fazer uma pergunta, mas to com vergonha.

Pode fazer.... A, to com vergonha...

Vai lá... agora você vai fazer.

Você não enxerga... sim.... Mas, e na hora do sexo, como é?

Resposta minha: A, então você tem o hábito de fazer com a luz acesa? Putz então como é?

Agora as duas melhores:

Uma pessoa me ajudava a atravessar a rua: Um calor danado... Eis que eu comento: Putz, o sol tá forte! Escuto a seguinte pergunta: Como você sabe que tá sol? Sem resposta...

e a outra foi de uma professora de Geografia, na época da escola:

Eu escrevendo em braille, copiando a matéria que ela estava ditando.

acompanhar o ritmo requeria um pouco de esforço.

Pedi para ela dar uma pequena pausa para eu trocar a folha.

Eis que vem a pergunta:

Interessante... Mas, depois você entende o que está escrevendo aí?

Gente.... Pensei... Que sentido eu teria pra fazer um esforço danado, calejar a mão, pra uma coisa que depois eu não ia entender? Gente..... pensem... rs.

A cegueira lucrativa para uns e prejudicial para a imagem de outros.

Faaaaaaaaala galera!

Hoje vou citar um ponto bem polêmico e que, infelizmente, até hoje ainda existe.

a associação do cego com a caridade.

Este fenômeno ocorre por várias razões:
1. O posicionamento de alguns cegos. enquanto temos os que como eu trabalham, procuram crescer, aqueles que estudaram ou estudam, também tem aqueles que se aproveitam da deficiência para tentar levar vantagem, pedindo nas ruas, nos ônibus, nos trens.

E infelizmente, a primeira impressão é a que fica.
Se a primeira pessoa cega que um cidadão se depara está pedindo, ou agindo assim, achando que tudo tem que ser doado etc, tenderá a generalizar.

Só que isso, parte de cima.

Vejam quantas iniciativas existem para contribuir.
O Governo Federal, dando uma quantia que soa como esmola para algumas pessoas com deficiência, sem fiscalizar. Daí, vemos recebendo o tal do Loas pessoas que poderiam trabalhar, estudar. É pouco mas se conformam em tentar viver apenas com essa esmola doada. Não estou dizendo que não possa haver pessoas que precisem do auxílio enquanto se qualificam. Mas que existem os que nada querem fazer e se aproveitam.

E para os políticos, muitas das vezes, é mais importante fazer isso do que lutar pela igualdade. Afinal o que dá mais voto? Lutar pela igualdade ou dar uma de caridoso, doando a quantia para o cego, o transporte gratuito ou até mesmo, saindo da deficiência, doando aquele tijolo para a construção do barraco, uma camiseta.
além disso, algumas instituições insistem ainda em alimentar essa imagem do cego, utilizando-a para conseguir doações.

Vocês devem se lembrar de uma que há pouco tempo, veiculava uma propaganda no rádio e na TV, pedindo doação e utilizando a frase: "Ajude um cego à atravessar a vida".

Daí, descendo mais a escada, atinge aos cegos que acham isso conveniente, até refletir na nossa imagem perante à sociedade.

E aí vem as situações engraçadas, porém absurdas e algumas citarei aqui.

Ainda morava no rio. Saí do trabalho e fui em direção ao Saara (que é um grande shopping a céu aberto no rio). Afinal era dia de pagamento e o que me atraía por lá era poder comprar castanha de caju salgada por um preço bem mais barato. Pelo preço que eu comprava um pacotinho na rua, lá em comprava em uma loja, meio quilo rs. E quem sabe comprar algum CD. Rs.

Quando eu passava pela rua, vem um senhor tentando me abordar.

ei, .... toma um realzinho pro senhor!

Eu, sacana como sempre, respondi. Cara, na boa... Se for juntar todas as contas aqui que eu tenho pra pagar.... Pera aí... Olha cara, na boa.. Uma de 50 até me ajuda... Mas um real... rsrsrsrs. Ele começou a rir... daí ele perguntou se eu tinha saído do trabalho, o que respondi sim.

Outra vez. Tava desempregado e ganhava uma graninha com alguns bicos.

Aula de Informática, montagem e manutenção de micro, tudo era válido.
Até que certa vez saí de um atendimento na hora do almoço, em um bairro que pouco conhecia. Perguntei se ali perto não havia um lugar que eu pudesse almoçar.

Aí fui informado de que havia uma churrascaria à quilo na região.
Pensei: Sábado. Não vou fazer mais nada... Putz. Brahma gelada, churrasco. Po é o canal!

cheguei no local. Perguntei como era o esquema para o almoço. Afinal quem sabe não trabalhassem com algum pacote, tipo rodízio ou sei lá.

Então entrei e quando o camarada se aproximou eu perguntei:

Como é o esquema de almoço aqui?

Ele me responde: aqui você almoça por 4 reais. Achei estranho. Ué... como assim? Mas.... então... Almoço o que? Bom. arroz, farofa e aí as guarnições normais do churrasco no rio rs... Uma cocha de frango e uma linguiça.

Po, quem me conhece sabe que uma cocha e uma linguiça pra mim nem dá pra começar! rs. Perguntei:

É a opção que você me oferece? sim... E eu pensando... Mas calma... Eu já ouvi gente pedindo picanha, alcatra, etc... Questionei isso à ele. Ele disse: Mas aí...... Eu... Mas aí o que? Aí a gente pode te ajudar a fazer seu prato e você paga o peso do churrasco. Tá bom... Quanto é o quilo?

Ele me respondeu. aí eu disse... Faz o seguinte: mais ou menos, pra começar, o prato normal, acompanhado de 300 G de carne aproximadamente.. Picanha, alcatra, linguiça e coração se você tiver.

Ele meio sem graça... Tá bom... Po desculpa aí... depende.. só desculpo se vc tiver aquela gelada pra me mandar agora... Tem?

Mandou a cerveja.

Daqui há pouco chega um camarada frequentador e vem conversar comigo. Perguntou: Você está passeando aqui?

Aí expliquei toda aquela história. Que eu tava fazendo um serviço ali, me indicaram o local pra almoçar, bla, bla, bla. Fiz amizade com o cidadão, fiquei lá um tempo até que depois de algumas cervejas e Depois de ter almoçado e pego mais alguns G de carne para tira-gosto, fui embora.

Paguei a conta e saí. O dono do local se ofereceu para me deixar no ponto de ônibus o que aceitei...

Um mês depois voltei lá junto com uma amiga...

Eis que ele comenta: aí. Falei de você esses dias... eu... de mim? Sim. Tenho uma vizinha que tem um filho com deficiência auditiva.

Aí falei pra ela: Você fica tão cheia de dedo com seu filho... Outro dia chegou lá no meu estabelecimento um rapaz com deficiência visual. Sentou, fez o pedido dele, comeu, tomou cerveja, pagou....... Reparem... ele citou o termo.... pagou..... E foi embora...

Ficou mais do que provado que quando eu entrei ali ele achou que eu não iria pagar.... rs...
Agora para terminar vou contar a da semana passada.

Horário de almoço e fui com uma galera aqui do trabalho.

Estávamos em 4 pessoas e achamos que seria mais interessante pegar uma Coca de 2 litros. Sairia mais barato.
Como a gente pega o almoço e cada um fica com o seu papel, na hora que chegou, um dos amigos falou:

Divide a Coca em 4 e marca. O garçon pergunta: Ué! Ele também vai dividir?Daí vocês observam o quanto está enraizada essa história de levarmos vantagens, ou sei lá.

Aí um dos amigos fala: Putz. Ele é o que mais bebe.... Claro que vai dividir! Daí quebrou o clima colocando um bom humor na situação. rsrs.

Sem contar aquela história de nos ajudar a atravessar uma rua, porque precisa ou porque está querendo fazer uma boa ação... Isso existe. Tem gente que age desse jeito. rsrsrsrs.

A faixa de pedestre

Eu juro. Essa aconteceu ontem!

Vinha para o trabalho.

Eis que uma moça me oferece ajuda. Prontamente aceitei. Precisava atravessar a AV. e a consolação é movimentada, além do sinal demorar a ficar aberto para pedestres. e vou logo dizendo: Não vou chamar de farol porque sou carioca, tá? rs.

Conheço bem o local. Mostrei para que lado eu queria atravessar, já que era pista para um lado quanto para o outro.

Conhecendo bem notei que ela parou comigo e estávamos fora da faixa de pedestre.

Nada do sinal abrir...

Nada de abrir... 3 minutos depois ele abre e ela diz: Vamos ali pra faixa.... Não.... Eu juro! Foi sério! eu não me contive e comentei: é. Agora ele vai fechar de novo e não vai dar tempo, né?

Po ele fica muito pouco tempo para o pedestre. Isso era pra ver se pelo menos ela se tocava e acelerava o passo até a faixa pra tentar aproveitar o sinal aberto... Adiantou? Não..... Mas fazer o que? Paciência! rsrsrs.

Guardanapo

Uma coisa curiosa que as vezes acontece em bares, restaurantes e afins. Mesmo aqueles aos quais costumo frequentar e o atendimento já é costumeiro.

Ao servir um almoço, lanche, em fim... Não é difícil eu parar em algum lugar na hora do almoço, servirem normalmente, mostrarem os talheres, copo com a bebida pedida... Mas..... e o guardanapo?

E toca procurar o guardanapo na mesa. Parei certa vez numa lanchonete para tomar café e: Serviu o misto quente, o café com leite e..... O guardanapo?

Eu não consegui até hoje entender o que passa na cabeça desses garçons, donos de restaurante para acharem que cego não vai usar guardanapo.

Se você souber, favor explique. Então... Nesse caso, comecei a tatear a mesa procurando o guardanapo.

Toco a procurar e sem sucesso.

O garçon passa e eu pesso o guardanapo. Eis que ele fala. a, pera aí, vou pegar.... Ou seja: dessa vez ele nem colocou na mesa o guardanapo!

O pior foi na padaria no domingo. Comendo uma massa caprichada no molho... Cadê o guardanapo?

Então se você trabalha em um restaurante, bar, não esqueça de mostrar.. O guardanapo. A, mas não adianta você mostrar, servir alguma outra coisa, trocar de lugar o guardanapo e não avisar... É comum isso... Não adianta nada... as vezes o cego com o esquema na mesa. As vezes grupos de cegos. aí na hora de servir o almoço a pessoa troca bebida de lugar, copos, guardanapo.... Algum problema nisso? Nenhum. O problema tá em não avisar ao cego ou aos cegos..

Isso quando não acontece do cidadão servir uma porção em um bar, numa mesa com 3 ou 4 cegos e trocar os copos dos cegos de posição, colocando o copo de um próximo ao outro e vice-versa. rsrsrsrs.

cegos e crentes

Faaaaaaaaala galera!

Antes de iniciar esse post, quero deixar bem claro que:
1. Não estou generalizando, pois tenho alguns amigos evangélicos no meu convívio que sabem que sou uma pessoa normal, que me aceitam como sou e tal. Não queria citar exemplos, porque sempre deixamos de falar de algumas pessoas. Mas vou citar 3. Não quero dizer com isso que são as únicas, pelo amor de Deus em! rs.

Mas cito a Adriana, que inclusive tem um excelente blog:
http://drivendeeconta.blogspot.com

Tem também o Roberto e o Ronaldo da lanchonete onde eu tomo café... Falar nisso... ei... citei o nome de vocês no meu blog... Por conta disso meu café é de graça amanhã? rsrsrsrs. Bom, brincadeiras à parte.
2. Também não estou querendo dizer que não existam Católicos preconceituosos, Espíritas como eu, preconceituosos. Em fim.
Vamos começar.
Acredito que esses amigos que citei e outras pessoas também que acabei não citando e ainda outras que ainda nem conheço, sejam verdadeiramente evangélicos. Mas a maioria, podem ser perfeitamente chamados de crentes. Como se fala por aí. Verdade.

digo isso porque eles são crentes que só a religião deles é a certa, que só eles tem salvação no mundo e que Deus só protege e é só deles. Então é uma boa razão para chamá-los de crentes, certo?

E são extremamente preconceituosos.
A e eles não podem ver cego!

Eles logo se aproximam, como bons samaritanos e inconscientemente soltam seu preconceito. Não conseguem resistir rs.

Várias vezes, vem oferecer ajuda. Ou as vezes simplesmente te param na rua para soltarem aquela preconceituosa e discriminatória frase:

Vá na Igreja Tal, que você vai ser curado.... Porra! Curado de que?
Aliás certa vez fiz essa pergunta para um deles... Uma vez fui até mais duro.

faz o seguinte: Me dá o endereço da sua igreja. A as letras minúsculas em igreja foram de propósito, porque não dá pra levar esse tipo de congregação a sério. O chamariz dela para o povo é colocar cego pra ver e aleijado pra andar, como se isso traria felicidade e como se isso resolveria todos os problemas. Cura de uma doença que não existe. quando em alguns casos. Confesso por exemplo que se hoje a visão viesse pra mim ela só atrapalharia a minha vida. Explicarei isso com mais detalhes numa outra ocasião.

Então perguntei a ele o endereço da suposta igreja. Pelo menos eles acreditam que seja. Mas tá... Aí ele disse: Você vai lá? Eu disse não, jamais.

Por que pediu o endereço? Pra não passar nem na porta.

Por que isso? a sim, porque você já acaba de me dar todos os motivos para que eu sequer queira conhecer. como assim?

Você disse: Vá na minha Igreja que você será curado. Não precisa ser muito inteligente para entender que você se referiu à minha cegueira como doença.

Que não é... Ele tentou falar mas eu não deixei. e mais. Além de você se referir à minha cegueira como doença, ao dizer que serei curado, consequentemente que eu deveria ir lá para que Deus pudésse me dar a visão. Isso leva a crer então, que dentro da sua Igreja, vocês jamais me aceitariam como eu sou. Então... vou lá fazer o que?

Agora vamos há duas situações engraçadas que aconteceram, ainda nesse tópico. Ou melhor... 3.

A primeira.

Ia eu para um show Tributo a Cássia Heler com Nando Reis e Toni Platão.

Primeiramente, ao chegar na praia de CopaCabana, fui logo achar um lugar e lógico, procurar uma cerveja.

Passa um camelô vendendo e eu logo pedi primeiramente a cerveja e que de vez em quando ele passasse ali, porque aquela lata já teria secado e com certeza eu ia querer outra. E outra... e outra... Tá... Ele falou que eu poderia ficar tranquilo que ele passaria sempre ali. E cumpriu a promessa. Mal minha lata esvaziava ali estava ele... rs.

Ele só falou que durante o show ele não passaria porque ele não poderia vender ali. Mas faltavam 3 horas. Imagina como eu já estava no show. Rs.

Eis que uma crente passa. eu de frente para o palco, com latinha na mão, bem no meio de onde o povo ficaria e num local que os policiais que fariam a segurança do show pudessem me ver. Me orientaram que qualquer problema era só levantar a mão que eles veriam...

Ela se aproxima e diz: Irmão! Quem bebe não vai pro céu! No que eu respondo: concordo senhora. Quando eu quero beber eu vou é pro bar... Não pro céu....

Várias risadas à minha volta e a mulher sai.... rs.

O show termina. Saindo de Copacabana pra Bangu... 11:30 da noite...

Sabendo que agora ia ter que pegar duas conduções. Uma parao centro e outra pra bangu, que depois de meia-noite só passaria de uma em uma hora.

Felizmente consegui chegar no ponto e pegar o de meia-noite.

Chego no ponto em Bangu.

Desço a uma da manhã. Feriado. Era dia 20 de Janeiro. dia de são sebastião.

Ninguém na rua.

Falei to fodido. Agora eu vou ter que usar o ouvido para atravessar...

Eis que me aparecem duas senhoras que pela conversa vinham de algum culto ou alguma coisa do gênero:

Você quer ajuda para atravessar a rua?

Eu falei sim, preciso atravessar.

Ao chegar na outra calçada e elas disseram: Foi Deus que nos colocou no seu caminho. Aí eu disse: Olha senhora, ei de concordar contigo. Foi mesmo. rs. Pior que foi viu! rs.
Agradeci e segui meu caminho.

a outra foi, também no Rio... Estava no Saara, que um grande Shopping a céu aberto no rio.

Um camarada veio nos ajudar. Estavamos em 3. Nos levou até um determinado ponto, entregou um livrinho pra cada um de nós e começou a pregar.

Eu não sabia como me livrar e o casal de amigos também não...

afinal ele tinha nos ajudado. Até que eu tive uma idéia... abri minha bolsa.

depois começo a gritar indignado! Não acredito!

Meus amigos: Que foi andré? Eu não to acreditando que eu esqueci na loja o CD do Sepultura que acabei de comprar!
O cara... Gente, tá bom o papo mas preciso ir. deus abençoe vocês. Por dentro eu já dizia: Putz funcionou!

Depois que ele saiu meus amigos não se contiveram e começaram a rir.

Agora em são Paulo também aconteceram duas.

Lá na avenida Mutinga em Pirituba.

Querendo atravessar e há 10 minutos não aparecia um pra me ajudar a atravessar a AV.

Até que eu já não vendo alternativa, era época de copa do mundo, peguei uma daquelas cornetas da copa e comecei a tocar pra ver se chamava a atenção de alguém.

Aí vem um senhor:

Você quer ajuda pra atravessar? Sim senhor. É que eu já to vendo você aqui parado Há um tempão......

E eu pensando... Que ódio! Filho da Puta! Por que ele não veio antes então... To a 10 minutos aqui, tá querendo começar a chover....

quando chega no final da travessia ele me diz: Jesus cura, viu?

eu não sabia, eu juro. cura mesmo... Tanto que entre matar o cidadão e agradecer eu ainda optei por agradecer... Realmente Deus me tocou. rs.

E a última. Ia num domingo para a padaria tomar café.

Duas senhoras... Você tem um tempinho para podermos conversar sobre a bíblia?

Eu respondi: A conversar sobre a bíblia? sim.

As senhoras lembram da passagem onde Jesus repartiu o pão em 200 ou 500 pessoas? Não lembro o número, mas não importa. O que importa é o milagre de saciar à todos apenas com um pão.

Aí elas: sim, conhecemos essa passagem! Daí eu disse: Então. acho que ele tá me chamando ali na padaria pra pegar minha parte e tomar meu café... Teham um excelente dia. ahahahahahaha.

antes de ser cego ou cega, somos homens ou mulheres.

Faaaaaaaaala galera!
O título do post pode parecer estranho. Mas por incrível que pareça, algumas pessoas não conseguem ver sexualidade nos cegos. Entender que independente da deficiência, somos homens, mulheres independente inclusive da orientação sexual.

Inclusive existe um cego em Portugal que criou um site abordando o assunto "Cegos Gays" onde ele contava várias experiências. Não sei se o site ainda está no ar e não lembro o endereço. Com certeza eu postaria aqui.

Certa época, namorava uma pessoa cega. Não era difícil pessoas se dirigirem oferecendo ajuda, ou quando esperávamos alguma condução e perguntar:

Vocês são irmãos?

É interessante. Não passa nunca pela cabeça que 2 cegos possam ser outra coisa além de irmãos.

Mesmo que as características físicas sejam completamente diferentes.

Era direto. E quando nos viam de mãos dadas e tal, dando toda pinta de que éramos namorados, parecia algo de outro mundo.

Agora eu imagino a cara das pessoas quando vêem um cego e uma pessoa não cega. Sinceramente ninguém nunca me descreveu isso. A não ser uma vez que me viram na rua e a pessoa no dia seguinte: quando passamos pelo mesmo lugar depois de passar a noite juntos, ficaram olhando para a cara dela e aí me comentou: Não sei porque o povo tá olhando tanto pra minha cara...

Pior foi na farmácia certa vez...

Entrei para fazer uma compra.

Tem algum funcionário pra me atender? aí uma senhora. Não quer que eu te ajude? senhora... Bom..... Eu preferia um funcionário, mas se isso não for te causar nenhum constrangimento... Bom vocês que estão lendo esse post a essa altura, já entenderam o que eu queria comprar, creio eu.

chegou o funcionário:

Pois não amigo...

Viro na direção dele e discretamente, falo baixinho. Preservativo. Ele grita bem alto, o máximo que pôde eu acho: Ah! Camisinha! qual você quer?

Tá... Fui escolher. No fim o pessoal além de saber o que eu fui comprar já sabia inclusive a marca, porque ele falava numa altura invejável.

Agora vou finalizar com duas histórias que não são minhas. Preservarei os nomes, mas chegaram aos meus ouvidos e sei que são verídicas.

Uma cega estava grávida. entrou no ônibus, sentou-se e logo perguntaram:

Nossa! Quem fez isso contigo?

ela respondeu: bom. Meu marido ué. Silêncio após a resposta.

Agora essa segunda gerou até processo.

Esse casal já começou bem..

Tentando entrar no motel e uma senhora desesperada, achando que tinham errado o caminho. Leiam o post cego sabe para onde vai, para relembrarem. rsrsrs.

Não satisfeita, quando chegam à recepção a senhora entra junto e fala para a recepcionista, que não conteve o riso.

Olha! Eles é que cismaram que iam entrar aqui!... kkkkkkkkkk. Não tem como não rir né?

Certo. O casal entra.

Até que o homem liga para a recepção perguntando que vinhos eles tinham.

Senhor, tem um cardápio aí no quarto.

Senhora, você não pode me informar? eu sou cego.

Aí vem a proposta do outro lado: A vamos fazer o seguinte: eu mando o Garçon até aí para ajudar vocês.

Agora eu fico imaginando... Imagina. Garçon chega lá... O casal pelado, para que eles escolhessem um vinho. Olha que engraçado...

Logicamente o cara não aceitou a idéia.

Aí a recepcionista que parecia não ter o que falar... Mas senhor? Se você é cego, como fez para discar o 9?

Parece impossível, mas é real.

Agora fechando com a mais idiota. Lógico. Sou cego. Mas o fato da pessoa enxergar ou não não é critério para mim na escolha, digamos de uma companheira.

Uma vez, a fim de uma garota, procurando se aproximar e ela não quis. Até aí normal... ela provavelmente deve ter olhado bem pra minha cara e solta:

Mas como você gosta de mim? Isso é porque você não viu como eu sou, senão com certeza você não falaria isso e não me elogiaria tanto..... Depois dessa, fui.... Até o próximo post. kkkkkkkk.

O Bêbado

Faaaaaaaaala galera!

Depois do feriado, aquela recarregada nas baterias e no depósito de cerveja da minha barriga, estou de volta ao blog.

Não... O bêbado ao qual eu me refiro no post não sou eu... É outro.

Estava eu indo A uma pizzaria num domingo à noite.

Eis que, quando estou caminhando com minha bengala, aparece um bêbado no meio do caminho.

O cidadão me xingou muito quando minha bengala bateu nele.

Pedi desculpas... Desculpa cara! Não te vi. sou cego!

Fui e precisava fazer o caminho de volta para casa.

Pensei: não vou para o canto da calçada. Vou pelo meio, porque lá no canto já sei que o bêbado estará caído.

O que eu não esperava era que o bêbado pensasse o mesmo!

Resultado: Estou caminhando e minha bengala. No bêbado novamente!

O Bêbado xingou tanto e eu saí correndo... Ele só não levantou porque não conseguiu!

Até que uma hora ele diz:

E Aí vem com essa história de que é cego. Quero ver se quando passar aqui de novo vai continuar sendo cego!

aí eu disse: amigo. Disso você pode ter certeza... Quantas vezes eu passar, continuarei sendo cego? rs.