O que você acha da minha ideia de indicar algum som que curto em cada postagem do Cotidiano Cego?

quarta-feira, 6 de março de 2013

Herocopter, Um Jogo Acessível



Faaaaaaaaala galera!

É com muita felicidade no coração que escrevo esse post.

Fico muito feliz quando presencio qualquer prova viva de que não estou sozinho na luta pela inclusão.

Desta vez, a excelente novidade vem relacionada à games.

Vocês, leitores do blog, com certeza conhecem ou já ouviram falar do Kinect, certo?

Para quem não sabe exatamente do que estou falando, é um acessório da Microsoft, compatível com Xbox, que possibilita jogar utilizando movimentos do corpo.

Exatamente. Rs.

O Kinect foi desenvolvido por um brasileiro, se não me falha a memória e a Microsoft comprou os direitos, ou algo assim.

Agora me parece que vem aí uma versão USB para ser utilizada em PCS.

Pois bem. Uma empresa chamada Idevelop, criou o primeiro jogo acessível para essa plataforma, chamado Herocopter.

Notem. Estou falando de jogo acessível e não de jogo para cegos.

Até então, o que mais se encontrava por aí eram os tais áudio games. O que é isso?

Trata-se de jogos desenvolvidos se baseando na orientação sonora.

Assim, num jogo de naves por exemplo, você, através dos fones de ouvido, consegue ouvir a direção onde está uma nave inimiga e a distância onde ela está.

O que sempre critiquei nesses jogos é o fato de não terem tela.

Ué, André? Como assim? Pra que você quer tela?

Simplesmente para haver inclusão. Por que não fazer um jogo normal o qual um cego também possa jogar, em vez de fazer um jogo para cegos?

Opa! Isso é exclusão. E como aqui já me chamaram de xiita com esse negócio de inclusão e eu assumo o posto com muita honra, automaticamente desaprovo esse tipo de iniciativa.

Pensem só.

Uma criança cega, ou adolescente cego, participando de um campeonato com o grupinho da escola ou da vizinhança, mesmo estando as demais pessoas enxergando normalmente. Seria legal, né?

A Idevelop pensou nisso e criou o Herocopter.

É um jogo absolutamente normal, com imagens 3D, cujo objetivo é controlar um helicóptero, resgatar pessoas, etc., com uma grande diferença.

Cego também pode jogar. Além dos recursos visuais, foram também adicionados recursos sonoros ao jogo.

Mostro abaixo dois vídeos.

O primeiro é uma demonstração visual e sonora do jogo. Aliás, recomendo aos leitores cegos, utilizarem fones de ouvido ao assistir, para terem a emoção mais real.

O segundo, é um cego jogando e demonstrando como funciona.

A qualidade do áudio no segundo não está legal, mas creio, servirá para o entendimento de como funciona por parte dos leitores que enxergam.

Seguem os vídeos:



Parabéns à Idevelop, por entrar para o rol de empresas que encaram cegos como consumidores. Infelizmente ainda são poucas.

Numa entrevista, o Bruno Kenj, um dos desenvolvedores do jogo, disse que tornar um game acessível não é assim tão custoso.

Assim sendo, Agora resta  torcer para duas coisas:

A primeira e muito importante. Que eu possa ter a oportunidade de testar esse jogo o quanto antes porque eu to ansioso pra caramba. Kkkkkkkkkkkkk.

A segunda, é o sucesso do jogo, não só para o retorno profissional e pessoal de quem se dedicou a promover inclusão através de um game. Mas para servir de incentivo para que outras empresas sigam o caminho, implementando acessibilidade em seus jogos.

Nossa! Imagina um cego, lendo revista de games, encontrando aquele título no qual ele pirou, decidiu que vai comprar e poder fazê-lo com a certeza de poder jogar.... Nossa!

Chegaremos lá um dia? Tomara!

Agora que já contei a excelente novidade, faltam duas coisas.

Primeiramente, um recadinho aos leitores.

Não sei se vocês viram, mas tem uma enquete no blog.

Bom.... Eu não vi..... Criei, mas nem vi o que tava criando. Kkkkkkkk.

Assim que puderem, caso queiram, votem.

As melhorias no blog dependem da sua opinião.

E finalmente, a música. Rs.

Aliás, a enquete é sobre isso.

Enquanto não sai resultado e eu não sei se estão curtindo as indicações de músicas ou não, vou continuando.

Essa música é de uma banda conhecida. No entanto, não foi um de seus maiores sucessos, pelo menos aqui no Brasil.

Sempre achei bacana a mistura de Rock com Funk que o Red Hot Chili Peppers faz.

As minhas músicas preferidas deles não fizeram sucesso. Ainda bem.

Sei lá. Acho que quando uma música toca muito por aí, acaba ficando maçante. É o caso de Someone Like You, Da Adele.

É uma música bonita, de uma ótima cantora, que encheu o saco porque foi tema da novela das 8.

Sem falar numa coisa: Garanto que se perguntar pra alguém sobre a Adele e qual música a pessoa mais gosta, em caso positivo, vai dar como resposta Someone Like You, pois só conhece essa... Sim... Vai dizer. É uma ótima artista, canta bem, sou fã.... Mas só conhece uma música. Kkkkkkk.

Voltando ao Red Hot Chili Peppers.

Minhas duas músicas preferidas deles são: Show To Skeeze e, Easily, que por sinal é minha indicação de hoje.


É isso aí galera. Agora, fui.

4 comentários:

Amanda Grande disse...

Olá André, tudo bem? Me chamo Amanda e descobri o seu blog por meio de uma pesquisa no Google. Estou fazendo um trabalho de faculdade sobre deficientes visuais e no final da pesquisa, teremos que fazer um protótipo de um produto que possa auxiliar no cotidiano.

Estou lendo bastante o seu blog e tem me ajudado muito! Se possível, gostaria de poder conversar com você também, pois parte da minha pesquisa é necessário fazer pesquisa de campo.

Parabéns pelo Blog e eu adoro Red Hot Chilli Peppers!

Beijos

André Carioca disse...

Olá Amanda!

Que legal!

O que está cursando? Precisa apresentar um produto em qual área?

Podemos conversar sim.

e-mail: andre.carioca@gmail.com

Twitter: andrecarioca200.

Se digitar André Luís De Assis no Facebook também vai me achar.

Não colei o link direto do perfil aqui porque to com preguiça de acessar agora e copiar. rsrs.

Amanda Grande disse...

Olá André!

Estou cursando Design Digital, temos um trabalho chamado intercursos. Estamos trabalhando junto com uma galera de arquitetura. O tema é inclusão social e nosso grupo escolheu trabalhar com deficiência visual.

O produto pode ser qualquer coisa dentro da pesquisa feita, que possa melhorar o dia a dia da pessoa com deficiência. Por exemplo, se acharmos que existe dificuldade em fazer compras no supermercado, iremos pensar em algum produto que possa facilitar, seja no ambiente do supermercado, nas embalagens, entre outros. Por isso a pesquisa, temos que descobrir onde iremos trabalhar, se as maiores dificuldades estão no transporte, no lazer... Enfim..

Fiquei feliz pelo seu retorno, vou te adicionar nas redes sociais e quando tiver uma folguinha no trabalho, te mando um email, ok?

Obrigada mesmo!

André Carioca disse...

Amanda, tenho até uma ideia para você. rs.

Na verdade só preciso de um tempo para tentar desenvolver uma coisa que, pelo menos ao meu ver, vai ajudar muito na inclusão. É na área do lazer. se seu grupo quiser participar e pudermos desenvolver isso juntos, vocês apresentam como trabalho e aí fica tudo na boa.

A única coisa que quero de vocês é o compromisso de levar o trabalho à frente depois que vocês já tiverem apresentado na faculdade.

Em off te conto o que é. rs.