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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Inclusão, educação, etc.

Faaaaaaaaaaala galera!

Depois de mais um fim de semana com muita cerveja... sei o que vocês já pensaram.....A expressão que veio em suas cabeças foi: Novidade!

Hoje eu vou falar de uma coisa bastante discutida por aí, com relação às pessoas cegas e com outras deficiências.

Educação inclusiva.

consiste no fato da pessoa cega, cadeirante ou seja lá o que for, frequentar escola regular, na mesma turma que crianças sem qualquer deficiência física.

eu diria que, tem que ser desse jeito!

Escola especializada em pleno Século XXI é coisa ultrapassada.

Não existe motivo para isso acontecer.

Bom eu falo desse assunto porque fui um dos que, graças à Deus e minha família, nunca frequentei escola especializada. Esse erro não cometeram. rsrsrs.

Primeiramente, colocar uma pessoa cega convivendo apenas com pessoas na mesma condição, é colocá-las num mundo a parte.

com o crescimento, quando no trabalho esta pessoa tiver que conviver no mundo real, vai tomar um choque.

Até porque a idéia de que existe preconceito fora das tais escolas é tão difundida nesses ambientes que ao sair, tudo vira preconceito, as pessoas normalmente não agem como deveriam pelo medo do preconceito. é o que eu já vi acontecer com várias pessoas que saíram dessa condição.

Ufa! Que bom não ter sido um deles.

Já conviver junto às demais crianças, desde o começo, é uma experiência interessante.

Ao contrário do que se pensa, o preconceito se forma depois de adulto.

Criança não tem.

Pra ela, na hora de brincar, aprontar, não faz diferença se a outra criança é cega, cadeirante ou o que for.

E isso é legal. Independente de qualquer situação, a criança não levará em conta a condição de cegueira quando for brincar, quando for aprontar e nem quando quiser te chamar pra porrada por causa de uma pipa, uma bola de gude, etc. rsrsrs.

E isso é vital para que a criança saiba que apesar de sua limitação física, seja qual for, é normal. É como todas as outras.

Agora, essa inclusão deverá ser feita de forma responsável.

Não é simplesmente jogar a criança numa sala de aula e pronto.

Essa criança precisará de um apoio na alfabetização, já que o cego por exemplo usa o braille. O surdo, por falar em LIBRAS, precisará de quem o compreenda e auxilie.

Ou seja: O profissional especializado na escola comum, para apoio é extremamente importante.

Os defensores da escola especializada, por não quererem largar o osso e manter seus empregos que já tem há mais de sei lá quantos anos, e por não terem uma mente aberta à mudanças, não aceitando a educação inclusiva, utilizam-se, motivados pelo medo, de alguns argumentos que pretendo derrubar agora. rs.

A pessoa cega, se frequentar uma sala de aula normal, perderá algumas matérias...... Por exemplo: Como esplicar uma figura geométrica para um cego?

Deixa eu responder isso.

É possível mostrar figuras geométricas para pessoas cegas de várias formas:

1. contornos com barbante em um papel.

2. se você fizer um desenho em um rótulo de Nescal, eu nunca escrevi Nescal, acreditam? kkkkk. Nem fui muito fã.... Mas o fato é que o cego poderá perceber, no lado oposto do rótulo, o desenho feito...

Daí enquanto o cego tateia o professor poderá explicar, como explica para os demais.

Além disso, a explicação verbal dada nas demais matérias, poderá ser acompanhada pelo cego através dos ouvidos.

só não pode é o professor querer dar uma explicação toda através de imagens. rsrsrrsrs.

é só questão de boa vontade e de se acertar.

Por isso a importância do profissional de apoio.

se fosse o mesmo que se viciou na escola especializada, oh que ótimo! Sua experiência poderia ser aproveitada.

Mas, esperamos que alguns desses possam contribuir sim.

Senão, fazer o que né?

rsrsrsrs.

A questão do preconceito eu já falei.... rsrsrs. Mas muitos teimam em dizer que não é assim.

e para reforçar mais o que eu falei, da falta de preconceito por parte das crianças, vai uma história:

Um amigo certa vez me contou, que na sala de aula do filho dele tem uma menina cadeirante.

Por várias vezes ele chegou em casa e contou ao pai:

Pai! Hoje brinquei com a minha amiguinha. E aí dizia o nome da garota.

Nunca ele a rotulou como a menina que não anda, ou que usa cadeira de rodas. simplesmente, como minha amiga. Independente de como seja, é amiga dele, ué. rsrsrsrs.

E normalmente entre crianças é assim que funciona.

e só para terminar, deixo bem claro que com isso tudo, não quero dizer que uma pessoa cega não deva ter contato com outras na mesma condição.

Se assim falasse já estaria gerando um preconceito.

E até porque, concordo que determinadas experiências, só quem consegue passar para o cego é um outro cego, como referência de um local as vezes, explicar por exemplo como se barbear sem ter o rosto todo cortado... bom, eu não tive essa sorte e era um corte em cada lugar por semana, até eu aprender. kkkkkkkkkkkkk.

Pior que eu também não sei explicar pra ninguém hoje. rsrsrs.

As vezes algumas dicas de cozinha e tal, sei lá. Existem algumas coisas que só uma pessoa cega com experiência na coisa consegue passar.

Agora na questão ensino, nas questões normais, a inclusão deverá ser praticada, até porque do ensino médio em diante, como nas Universidades e tal, ambientes de trabalho, ela será obrigatória.

Então é isso aí galera.

Fui.

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